não te amo.- gabriel barbosa

𝟮𝟴𝟬

𝐌𝐚𝐣𝐮'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

Eu com certeza tô a beira de um infarto.

-Amor, não consigo fechar o vestido.- digo sentindo vontade de chorar.

-Não chora, vai borrar a maquiagem.- Marília diz.

-Vem cá, eu fecho.- Gabriel diz e eu ando até ele.

Eu e Gabriel estamos de branco, tô me sentindo na virada de ano.

Marília disse que queria ser imparcial então está de amarelo.

Éverton tá com uma camisa azul mas a Marília disse que ele não sabe o que é.

Ela deve ter queimado aquele envelope depois de ver o resultado porque eu não vejo como esconder algo dessa proporção do Éverton.

-Cara, eu preciso saber. Tá calor e eu tô nervosa.- digo me sentando.

-Você vai passar mal agora? Faltam 10 minutos pras pessoas chegarem.- Fabinho reclama olhando no relógio.

-Pega sal, a pressão baixou.- Marília diz e o Gabriel começa a me abanar.

-Não, tem que medir a minha pressão primeiro.- digo.

-Porque?- Gabriel não entende.

-Porque se a pressão estiver alta e vocês me derem sal eu posso morrer.- digo e Gabriel e Marília se olham.

-Mas como a gente vai medir a sua pressão?- Gabriel pergunta.

-Se não tiver nada não tem como medir, então é melhor eu não comer nada.- digo.

-Porque esse ar não tá ligado?- Marília sai pilhada atrás dos responsável pelo salão da festa.

-Tá melhorando?- Gabriel pergunta me abanando.

-Um pouco.- digo e ele me entrega água gelada.

Depois que bebi, ele colocou o copo que estava com gelo na minha nuca, pra que o calor passasse.

O calor foi passando e eu melhorei.

-Você comeu hoje?- Gabriel pergunta quando eu melhoro.

-Te amo, sabia?- digo dando um sorrisinho.

-Tá de sacanagem, amor.- ele diz indignado.

-Não briga comigo, eu tô grávida.- digo.

-Seu argumento pra tudo né?- ele ri.

-Claro.- digo rindo.

Ele me fez comer alguns salgadinhos e logo os convidados começaram a chegar.

Ficamos recebendo as pessoas e graças a Deus o ar condicionado gelou.

Pois estressar a Marília hoje não parece uma boa ideia, a querida está pilhada.

Pois eu lembro que eu fiquei exatamente assim no chá de bebê dos meninos.

Talvez um pouco pior porque a Marília ainda consegue ser mais calma do que eu.

-Vamos começar as brincadeiras.- Marília me puxa.

-CADÊ O PAI DA CRIANÇA?- ela procura irritada e eu dou risada.

-Serve aquele ali?- aponto pro Gabriel que estava conversando com Matue e Gerson.

-Você sabia que vai ser pai? Você tem obrigações aqui hoje. Uma delas é não sair do meu campo de visão.- Marília diz ainda segurando minha mão.