𝟮𝟱𝟲

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𝐠𝐚𝐛𝐫𝐢𝐞𝐥'𝐬 𝐩𝐨𝐢𝐧𝐭 𝐨𝐟 𝐯𝐢𝐞𝐰

Os meninos entraram com a aliança.

Os planos eram de fazer uma entrada fofa, mas os queridos apenas correram até nós.

-Meu Deus, Antônio.- escutamos a Marília dizer enquanto todos riem.

Totoi abraçou a Maju, que abaixou pra ficar na altura dele e eu peguei o Guto no colo.

Eles entregaram as alianças pra gente e nós entregamos eles pros pais da Marília.

-Agora vamos pra troca de alianças.- a cerimonialista diz e a gente sorri.

-Gabriel, repete comigo.- ela diz.

-Eu, Gabriel, te recebo, Maria Júlia, como minha legítima esposa.- começo a repetir.

-Prometo ser fiel.

-Amar-te e respeitar-te.

-Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida.

-Até que a morte nos separe.- digo e ela sorri.


Coloquei a aliança no dedo dela, que estava tremendo, e eu também.

-Eu, Maria Júlia, te recebo, Gabriel, como meu legítimo esposo.- ela começa.

-Prometo ser fiel.

-Amar-te e respeitar-te.

-Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da nossa vida.

-Até que a morte nos separe.- ela diz e eu abro um sorriso.

Ela colocou a aliança no meu dedo, esse com certeza foi o momento mais surreal até agora.

-Agora, vamos aos votos do casal.- a cerimonialista diz.

Maju escolheu começar e pegou o papel aonde os votos dela estavam escritos.

-Amor, hoje eu queria te contar algumas coisas que eu nunca contei.- ela começa.

-A primeira delas é que eu nunca achei que eu fosse casar. Isso sempre pareceu tão distante.

-Mas o que tá acontecendo aqui, hoje, é um sonho. Um sonho que só se tornou sonho quando você chegou.- ela diz e eu sinto meus olhos encherem de lágrimas.

Não acredito que essa mulher vai mesmo me fazer chorar.

-Você virou a minha vida de cabeça pra baixo. Você chegou quando eu já não achava mais que o amor era pra mim.

-E por falar em amor, ele é o que de mais forte eu sinto por você.

-Mas antes de você eu senti tanta coisa... eu senti medo, senti vergonha, me senti insegura, me senti sozinha, senti que a vida talvez não fizesse tanto sentido, ou que na verdade era tudo meio morno mesmo...

-E como adulta, eu precisava aceitar que depois que a gente cresce, o frio na barriga acaba.

-A verdade é que a gente se conforma com coisas muito menores do que a gente merece. A gente se submete a uma vida muito mais ou menos, e esquece de tudo que a gente nutriu no coração quando criança.- ela diz e eu sinto uma lágrima escorrer pelo meu rosto.

-Mas eu falo isso com muita tranquilidade e paz, porque hoje a única pessoa mais feliz que eu, é a pequena Majuzinha lá do passado.

-Que sonhava com coisas inimagináveis, e hoje tá recebendo muito mais do que sonhou.

não te amo.- gabriel barbosaOnde histórias criam vida. Descubra agora