Capítulo 7

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CAPÍTULO 7

POV MARAISA

Peguei a Laura dos braços do Henrique e a coloquei na cama, bastava ele chegar para ela se acalmar e adormecer. Estávamos só nós três em casa e sei que é estranho dizer, mas parecíamos uma família.
Henrique me tratava tão bem as vezes que eu de fato acreditava na sua mudança.

-Como está o emprego?

-Está indo bem, eu tô gostando, confesso.

-Fico feliz. -me segurou pela cintura e selou meus lábios com um beijo rápido.

-Por que você faz isso? -o encarei diretamente.

Aquele gesto havia me deixado derretida.

-Te beijar? -assenti. -É o que eu estou sentindo no momento, vontade de te beijar. Vai me dizer que não gostou?

-Você sabe que eu nunca falaria isso. -dei de ombros. -Acha mesmo que ainda podemos dar certo?

-Com toda certeza. -acariciou meu rosto de modo suave. -Tenho uma novidade!

-O que é?

-Consegui um emprego! Começo na segunda!

-Isso é maravilhoso! -sorri e o beijei, um beijo bem maior que o anterior, mais profundo e atrevido, mordi seu lábio inferior para finalizar o gesto.

-Eu adoro quando você faz isso. -ele sorriu de modo malicioso. -Será que a gente... -voltou a me beijar e senti que estava sendo guiada até a cama.

-Henrique, vamos com calma. -o empurrei levemente e me afastei.

-Você gosta de me provocar, sabe como eu fico quando faz essas coisas e depois me deixa na mão.

-Não, não é isso, eu só estou te pedindo calma. Ou você não se lembra que há dias estávamos brigando como gato e rato?

-Tá bem, você tem razão. -revirou os olhos. -E o que vamos fazer?

-Por enquanto você pode ir pra sua casa.

-Tá me zoando, né? -ele parecia decepcionado.

-Não. Você já viu a Laura, então já pode ir.

-Mas eu também vim para te ver.

-E já viu. -comecei a empurrá-lo de modo suave até a saída do quarto. -A gente se vê outro dia, prometo.

-Você, ein, é muito complicada! -riu e me roubou mais um beijo.

-Não tanto quanto você, senhor encrenca.


Já era segunda-feira novamente e eu me desdobrava em tarefas na cafeteria. As segundas eram os dias mais cheios e, apesar de eu ter ajuda, não faltava serviço.

Eu estava tão distraída que mal vi quando Marília entrou na cafeteria e se sentou em uma mesa próxima ao banheiro. Ela sorriu quando nossos olhares se encontraram e eu fiz o mesmo. Vê-la me trouxe uma sensação boa, diferente do início de tudo.

-Oi, bom dia! -cumprimentei. -O que vai pedir hoje?

-Bom dia, Maraisa! Hm, um suco de laranja e um misto quente, por favor.

-Certo. -assenti e já ia me retirar quando ela continuou.

-Quero conversar com você.

-Marília, se for sobre...

-Não, não é. -negou me cortando imediatamente. -Você pode se sentar?

-Eu estou em horário de serviço, sinto muito.

Macarons - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora