Capítulo 11

1K 130 8
                                    

CAPÍTULO 11

POV MARAISA

Maiara e Bruno me olhavam com ansiedade, esperando que eu contasse tudo que havia acontecido na festa, as coisas boas e ruins.

-Primeiro a parte ruim. Certeza que o Marco tem a ver com isso. -minha irmã disse.

-Não, primeiro a parte boa. -Bruno interviu.

-Vou contar na ordem que as coisas aconteceram. -decidi.

-Tá bom, começa logo! -o moreno exclamou.

-Quando cheguei, fiquei encantada com absolutamente tudo, a música, a comida, o ambiente, juro que eu estava me sentindo muito bem no início. Mas logo minha alegria desapareceu quando Marco me olhou de cara feia por estar lá.

-Ridículo! -minha irmã interrompeu.

-Relevei e continuei me divertindo. Um tempo depois, Marília me encontrou e começou a flertar comigo.

-Você flertou de volta, né? -Bruno perguntou ansioso.

-Digamos que sim. -assenti.

-Resume, Maraisa.

-Deixa de ser chata, Maiara! -Bruno ralhou.

-Enfim, ela basicamente disse que queria ficar comigo, mas aí me lembrei do fato dela estar noiva e tirei satisfação com ela. Na mesma hora, meu pai chegou e eu tive que ir embora, pois sabia que ia levar um sermão. E aconteceu, ele me disse coisas horríveis, que eu não devia estar lá, que eu não devia me misturar, como se eu tivesse uma doença contagiosa. Foi horrível.

-Velho asqueroso!

-Maiara!

-Vai defender, irmã? Ele te trata como um nada e você não está brava?

-Eu estou morrendo de ódio, Maiara, não quero nem ver a cara dele! E digo uma coisa, só vou continuar nesse emprego porque não quero dar o gostinho de sair de lá para ele.

-Isso, amiga! -Bruno vibrou.

-Enfim, eu estava arrasada e sai de lá toda perdida. Não sei como aconteceu, mas a Marília me viu e veio atrás de mim, ela correu para pegar o seu carro e me trazer pra casa. O cuidado que ela teve comigo, tamanha preocupação por mim, eu podia ver nos seus olhos. -meu coração se aqueceu só de lembrar.

-E que mais?

-Ficamos em silêncio o caminho todo, mas quando chegamos aqui, ela me explicou que não é comprometida e reafirmou que queria ficar comigo. E aí rolou, a gente se beijou.

-E o que você achou? Foi bom? -meu melhor amigo perguntou ansioso.

-Foi muito bom! -sorri. -Eu nem consigo explicar o que senti, foi libertador, acho que uma das melhores sensações que já senti na vida.

-Meu Deus! Meu Deus! -Bruno comemorou alegremente, arrancando risadas minhas e da Maiara.

-Irmã, te ver feliz me faz tão bem, sério! -segurou minhas mãos de modo carinhoso.

-Obrigada, metade! -fiz uma pausa. -Mas tudo que é bom dura pouco.

-Como assim?

-Quando estávamos dentro do carro, ainda naquele clima gostoso, o Henrique apareceu.

-Não é possível! Que encosto!

-Ele disse pra Marília que era pai da Laura e seu comportamento foi estranho, como se eu pertencesse a ele. Espero que ela não tenha interpretado dessa maneira. De qualquer modo, vou conversar com ela amanhã, não quero que as coisas fiquem estranhas entre nós agora que eu sei que ela não é comprometida.

Macarons - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora