Quando as emoções explodem

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- Mas eu não estou brincando, só estou falando a verdade. Como anda aquela sua bandinha de garagem? Fiquei sabendo que está indo de mal a pior.

Jeongyeon se levantou, ficando cara a cara com Tzuyu. Carregava um sorriso sínico nos lábios, encarando a inglesa.

- Você é uma filha da puta, sabia? E minha banda internacionalmente conhecida está indo muito bem. Por que a curiosidade? Está pensando em copiar alguma coisa?

- Buda que me livre. Prefiro me jogar de um prédio do que copiar alguma coisa sua. Isso é uma praga, eu vou ter 7 anos de azar.

Tzuyu segurou a gola da regata branca de Jeongyeon com força, trazendo-a o mais próximo possível. Jeongyeon permanecia parada, apenas aguardando qualquer movimento que indicasse que Tzuyu a bateria.

Teriam uma briga feia se isso acontecesse.

- Amor, deixa ela para lá. Não vale a pena.

Jihyo pediu, chamando a atenção das primas para si. Tzuyu soltou Jeongyeon com brutalidade e se aproximou da brasileira, segurando seu queixo com força.

- Alguém aprendeu a falar... Jeongyeon tem um bom gosto. Ouvi dizer que brasileiras fodem como ninguém. Uma pena que você não faz isso com Jeongyeon, mas eu estou livre para testarmos.

Assim que terminou a frase, seu corpo foi jogado no chão por um forte soco vindo de Jeongyeon em seu rosto. Toda a família e o restante da banda, finalmente, notaram a antiga baterista no chão com o nariz sangrando, Jihyo com uma expressão desconfortável e Jeongyeon na frente de Tzuyu, claramente irritada.

Jeongyeon segurou na jaqueta da inglesa e a levantou do chão, batendo suas costas na árvore mais próxima. Tzuyu estava assustada, porém mantinha uma pose orgulhosa, enquanto seu nariz escorria cada vez mais sangue.

- Eu acho bom você nunca mais tocar no nome da Jihyo ou de qualquer outra menina da banda, tá me escutando? Se eu sonhar que você falou, citou, escreveu ou sequer pensou nelas, eu vou te caçar no inferno e lá mesmo você fica.

Jeongyeon segurava os ombros dela com força, com certeza deixaria marcas. Falava com uma voz mais grave e encarava os olhos de Tzuyu sem desviar nem por um segundo.

- Esse soco foi só um aviso, eu deveria te matar aqui mesmo, mas em respeito à minha família eu não vou fazer isso, um verme nojento como você tem que morrer no fundo do poço. Vai embora, antes que eu mude de ideia.

Jogou a inglesa no chão e saiu de perto dela, mas continuou a olhando para ter certeza de que ela não voltaria.
Depois que confirmou, sentou-se novamente ao lado de Jihyo, pensando em como explicaria o que estava acontecendo para eles.
Chaeyoung, junto com as irmãs de Jihyo, sequer sabiam quem era Tzuyu. Enquanto Momo, Jiyeon e Arthur a conheciam bem, não era a primeira vez que ela dava trabalho.

- Está tudo bem, ela não vai voltar. Para o bem dela, ela não vai.

Deitou a cabeça nas coxas de Jihyo, suspirando de olhos fechados. A brasileira sabia que ela estava irritada, mas também triste por ter batido em alguém na frente deles. Ela se sentia como um monstro sem controle. Quando todos voltaram a se distrair, parando de prestar atenção nelas, Jihyo começou a acariciar os fios loiros e lhe deu um rápido selinho, mesmo estando em um local público.

- Obrigada por me defender... Eu te amo...

Jeongyeon abriu os olhos surpresa. Esperava uma bronca, sobre como não deveria ter feito isso, que deveria se acalmar ou algo assim.

- Você não está com raiva ou triste?...

- Não, dessa vez não... Convenhamos, ela mereceu... Eu deveria ter me defendido, mas não conseguia falar... Você sabe que isso é um pouco complicado de falar disso... Desculpa por estar te fazendo esperar tanto.

- Eu sei sim... Não precisa se preocupar... Ninguém mais vai tocar nesse assunto... Você é que tem que se sentir confortável, ok?... Eu te amo... Amo muito, mais que tudo no mundo, não é isso que vai definir nossa relação...

Jihyo deu um sorriso envergonhado ao escutar Jeongyeon falar, enquanto sentia ela segurar sua mão com uma leve força. Jeongyeon era uma pessoa que não sabia demonstrar tanto seus sentimentos, nem por palavras, muito menos por toque. Mesmo assim, com Jihyo era bem diferente. Não era algo que acontecia toda hora, e sempre que ela demonstrava carinho, Jihyo voltava a ser uma adolescente de 15 anos apaixonada pela loira.

- Você fica tão fofinha falando essas coisas!

- O que?

- É sério, é tão bonitinho... Me dá vontade de te guardar em um potinho.

Apertou as bochechas da loira com um sorriso no rosto, dando diversos beijinhos em sua bochecha.

- Yah, o que você está fazendo?! Sai!

- Estou te dando todo o amor que você merece! Receba calada!

Depois de mais alguns beijos, Jihyo se sentiu satisfeita e se afastou da loira, vendo seu rosto com marcas de batom por toda parte.

- Agora sim, você é completamente minha e todos vão saber! E nem pense em tirar, só quando eu permitir.

Segurou o rosto de Jeongyeon, dando um sorriso orgulhoso de como ela tinha ficado.

- Sim, senhora. Você que manda.

[...]

- Eu odeio ela! Eu odeio! Aquela desgraçada me fez passar vergonha na frente de todos!

- Tzuyu, calma... Você vai conseguir...

- Como você pode me pedir calma?! Olha o que essa filha da puta fez no meu nariz!

Mostrou o papel encharcado de sangue, o jogando com força no lixo. Lavou o rosto, tentando ignorar a dor que estava sentindo no nariz.

- Ela vai me pagar... Escuta o que eu tô dizendo... Se não for ela, vai ser uma daquelas desgraçadinhas...

Genius | 3mix - TwiceOnde histórias criam vida. Descubra agora