Capítulo 32

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       BRUNA              

Eu coloquei o meu alarme para seis horas, embora realmente não tivesse decidido se iria ou não. Depois de uma rápida ducha, peguei meu telefone no carregador e olhei nossas mensagens de texto de ontem à noite novamente.

Raphael : Não é bom.

Bruna : Eu sinto muito. O que posso fazer por você?

Raphael : Uma foto nua pode ajudar...

Bruna : hahaha Fico feliz em ver que você parece mais como você mesmo agora. Esta tarde, quando nos falamos, não havia nenhuma insinuação sexual. Fiquei preocupada.

Raphael : Eu também.

Bruna : Você vai ficar no hospital hoje à noite?

Lembrei-me de cortar uma palavra dessa mensagem. O texto inicial dizia: Você vai ficar no hospital sozinho hoje à noite? Mas depois me senti egoísta e estava feliz por ter cortado. Ele estava passando por um momento horrível, e o meu ciúme não tinha lugar.

Raphael : Não. Vou voltar para o Regency em breve. Estarei de volta para visitar às nove horas da manhã.

Bruna: Ok. Espero que você durma um pouco.

Raphael : Me ligue de manhã. Vou colocar um alarme para sete e meia para que você possa conversar sacanagens comigo antes de eu tomar banho.

...

Minha mente estava ocupada se debatendo sobre se eu deveria ou não ir, enquanto sequei o cabelo e me vesti. Vestindo um conjunto caro de sutiã e calcinha que comprei na semana passada, percebi que a minha cabeça estava descontrolada. A quem eu estava enganando? Eu tinha raspado as pernas e vestido uma lingerie sexy nova.

Eu já tinha decidido mentalmente que, ao invés de ligar, eu acordaria Raphael  pessoalmente, mesmo antes de eu admitir isso para mim mesma. Felizmente para mim, o ascensorista se lembrava de me ver com Raphael. Então, quando expliquei, com o rosto corando, que eu queria fazer uma
surpresa para o meu namorado, ele deslizou a chave na abertura com um sorriso malicioso.

Foi providencial porque eu tinha esquecido completamente que, para acesso ao andar da cobertura, era necessário um cartão-chave especial. Não havia razão para eu estar nervosa, mas lá estava eu, em pé em frente à suíte de Raphael, com um saco de seus muffins de abóbora especiais favoritos em uma mão e um café na outra. Eu estava muito ansiosa por aparecer sem
avisar.

Respirei fundo, levantei meus dedos e bati na porta marcada PH2. Sem resposta. Retirando meu telefone, verifiquei a hora. Sete e trinta e três. Talvez ele ainda estivesse dormindo, ou no banho... ou tinha decidido sair mais cedo. Bati mais uma vez. A segunda batida foi mais alta do que a primeira. Eu tinha acabado de começar a me virar quando ouvi o som de pés andando em
direção à porta.

Raphael  atendeu, vestindo apenas uma cueca boxer preta apertada. Ele tinha uma escova de dente na boca, e seus cabelos estavam uma bagunça muito sexy. Sua boca ergueu-se em um sorriso. Eu levantei o saco de muffins.

— Eu trouxe o café da manhã.

Seus olhos me varreram da cabeça aos pés, me fazendo sentir deliciosamente violada.

— Você certamente trouxe.

Eu estava muito feliz por ter trocado de roupa quatro vezes e decidido por algo sexy. Ele deu um passo para o lado,estendendo o braço para eu entrar.

— Primeiro as damas.

Entreguei-lhe os cafés quando passei.

— Primeiro as damas é apenas a maneira de Raphael veiga dizer: deixe-me olhar sua bunda.

𝐎 𝐉𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫,𝐑.𝐕Onde histórias criam vida. Descubra agora