Capítulo 26

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                    BRUNA

O único momento em que eu não me importava com meu chefe aparecendo em meu escritório era quando Isabela estava por perto, principalmente porque o Sr. Porra literalmente tropeçava nas coisas quando chegava perto dela. Hoje, foi no cesto de lixo que estava bem do lado de fora da minha porta.

Isabela  o tinha visto vindo pelo corredor e se inclinou sobre a mesa como uma bêbada tentando atrair atenção em uma sala cheia de cowboys com tesão. Sua já apertada saia parecia prestes a arrebentar as costuras quando ela mexeu a bunda sugestivamente.

— É bom ver você, Charlie. — Ela ficou inclinada sobre a mesa e olhou para trás por cima do ombro para falar com ele. Ninguém chamava Charles Ulysses Macy de “Charlie”. Exceto Isabela.

— Isabela. — Ele limpou a garganta. — Você está bonita. — Ela sorriu.

— Você está olhando para o meu ângulo bom.

Eu interrompi antes que ele pudesse responder.

— O que posso fazer por você, Sr. Macy?

— Sim... Hum. Precisamos de você para os sessenta segundos de anúncio local para a fase de mata-mata do campeonato da libertadores.

— Sério?

Os sessenta segundos de anúncios sempre foram feitos pelos repórteres de grandes nomes e rostos bem conhecidos.

Precisamos do empate do sexo feminino, por isso estamos fazendo os anúncios com dois repórteres e um de cada será mulher.

— Então, basicamente você a está usando por causa do seu corpo? — Isabela levantou-se e cruzou os braços sobre o peito.

— Hum... não. Nós...

— Relaxe, Chuck. — Ela descansou a mão em seu braço. — Eu só estou com um pouco de ciúme. Ninguém usa o meu corpo há algum tempo.

Pobre Charles, teve que ajustar a ereção crescente que Isabela estava incitando.

E eu tive que resgatar o nojento.

— Estou feliz por ter a oportunidade.

— Bom. Você vai viajar com Michael depois do jogo no domingo e fará um local com Mara em outro estado  na segunda-feira.

— Michael?

— Langley. É com ele que você vai dividir seus anúncios.

Levei mais de dez minutos para tirar o Sr. Porra do meu escritório.

Quando ele se foi, repreendi Isabela.

— Por que você insiste em fazer isso?

Ela jogou uma caneta no ar e apanhou-a.

— Eu me dou mentalmente dois pontos por deixá-lo duro. É um pequeno jogo que eu jogo.

— Que nojo.

— Eu sei. Você acha que ele está se masturbando no banheiro dos homens? Recebo cinco pontos se ele sair e houver uma pequena mancha molhada de esperma.

— Sério, você pode ser mais nojenta do que ele.

— Bem feito. Ele merece ser tratado como carne, afinal, é como trata os outros.

— Mas ele gosta.

— Ele gosta quando eu estou jogando com ele, não enquanto está preso jogando sozinho.

Eu peguei a caneta que ela estava jogando continuamente no ar.

— Eu vou ter que viajar um dia a mais agora. Pensei que só precisasse de uma roupa. Preciso chegar à lavanderia antes de fechar. O que significa que estou fora da ioga hoje à noite.

𝐎 𝐉𝐨𝐠𝐚𝐝𝐨𝐫,𝐑.𝐕Onde histórias criam vida. Descubra agora