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~ 19 de Fevereiro ~
~ Domingo ~[ 13:44 P.M. ]
• Key:
| Hospital Central de Musutafu |Acordara naquela tarde em meio às dores ― compreendo perfeitamente o poder, e peso, melancólico e indelicado dessa frase, mas infelizmente foi a primeira coisa que senti e que acredito ter causado o meu imediato despertar.
De primeiro momento, o que me afligiu de forma dolorosa foi minha cabeça, que latejara incessantemente. Um dor profunda e que poderia me fazer gritar, mas ignorei tal ideia no mesmo segundo que a cogitei ― não me ajudaria em nada, no final das contas.
Logo em segundo momento, minha dor de cabeça se tornara algo pequeno perto do que sentia formigar pelas minhas pernas, coxas, braços, cotovelos e pé, especialmente o esquerdo.
Nesse instante, quando reparei em meu pé enfaixado e descoberto pelo lençol da cama hospitalar, tive um déjà-vu claro e preciso de tudo o que acontecera na noite passada.
Queria tanto afundar minha cabeça naquele travesseiro e ignorar minha existência nesse mundo após perceber a merda que cometi, e que com toda a certeza selou os próximos anos conturbados de minha vida, mas era impossível voltar atrás.
Esse é o lado triste da vida.
Você não volta quando erra, pelo contrário, você segue em frente, independente das malditas circunstâncias. Viu só? O tempo não tem nem um pingo de pena de nós, seres-humanos-errantes.Sem escolha, observei o quarto em que estava. Era bonito, muito claro e branco, o que não era do meu feitio, mas continuava bonito. Elegante, poderia dizer. Tinha vasos espalhados sobre cômodas e pelo chão, alguns contendo flores e outros não.
O Sol já estava à pino, o que evidenciava o horário tardio para se acordar. Refletia seus raios fortes e acalorados pelas janelas translúcidas que iam do chão ao teto e pelas suas cortinas, iluminando todo o cômodo.
Ao meu lado esquerdo, aparelhos típicos de hospital apitavam, contando meus batimentos, pressão e outras questões. Já do meu lado direito, havia uma cômoda baixa, tendo em sua superfície água, objetos inúteis, mas elegantes, e uma jóia.
Sim, uma jóia.
Não parecia ser nada de especial, apenas um colar. Seu pingente era uma meiga pedra de ametista. Brilhante e em um tom roxo impecável. Estava deslumbrada com aquela beleza e até cogitei pegá-la, mas, de repente, antes que pudesse alcançá-la, algo estranho me aconteceu.Minha cabeça, em uma dor excruciante, refletiu em minha mente diversos flashes de imagens diversas. Era como se pertencessem a minha memória e, com aquele gatilho sinistro ocasionado por uma simples jóia, decidissem dar as caras. Fechei os olhos e massageei minha testa dolorida, tentando organizar meus pensamentos.
Praia?
Uma... pousada?
O colar?
Um... livro?
Uma... garota?E então, assim que ouvi a maçaneta da porta se mover, os flashes se dispersaram mente à dentro e eu retornei ― seja lá de onde. Que loucura mais nada a ver, p*rra.
??: Ah! A moça acordou! ― diz, com um sorriso simpático de orelha à orelha. ― que bom. Que bom.
Além de um sorriso confiável e uma postura educada e elegante, suas vestimentas médicas transmitiam uma sensação de segurança ainda maior e ainda mais convincente.
Ela parecia estar perto da casa dos trinta anos. Baixa, cabelos curtos e pretos com mechas iluminadas, ondulado. Pele clara, olhos castanhos-escuros, lábios finos e rosados.
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De Repente, Você. (O Reencontro)
Fanfiction~> [ Concluída ] <~ Uma só decisão. Um só passo dado na direção contrária da ideal. Um só sentimento que falou mais alto. Pelo amor, se comete loucuras. E todos os mais lunáticos que amam podem afirmar isso. Pelo amor, se é capaz de arriscar a própr...