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[ 21:45 P.M. ]
| Em um quiosque beira-mar, Quiosque Seaside by Dias |Desespero. Palavra resultante do sentimento emocional que causa fadiga, ansiedade, receio e vontade de desaparecer da face da Terra no mesmo segundo do fato. Sim, essa é palavra que resume estritamente o que estou sentindo agora.
Bakugou: você já tropeçou três vezes até aqui, e ainda está sem sapatos. Será que dá para relaxar, p*rra? ― sussurra discretamente, quase como um alerta.
Liah: como você quer que eu relaxe?! ― baixo o tom, mantendo a dignidade que me resta. ― olha para onde você me trouxe, caramba. Aqui é o quiosque da família Dias, Bakugou. É o quiosque deles. E eles devem estar aqui agora! Meu Deus!
Bakugou: só respira, cacet*. Vai dar tudo certo, confia em mim. ― como se fosse tão fácil "confiar" em alguém que acabara de me trazer para o último lugar que desejaria estar.
Liah: eu não vou fazer isso hoje, okay? Você pensa que é fácil assim se reconciliar com o seu passado caótico, mas. Não. É. ― sibilo, descontando em cada palavra, e em cada tropeço na areia, meu ódio interno. ― não ouse soltar o que não deve para quem não deve, ouviu? Nem chame a atenção, pois eu não estou pronta. Não hoje. Não aqui. Não agora.
Bakugou: 'tá, 'tá, 'tá. Fica tranquila, caralh*. ― eu não sigo a sua ordem, impossível de ser concretizada nesse momento, e continuo tensa, apertando sua mão a cada homem de meia-idade que entra em meu campo de visão. ― se quer saber, ele não está aqui. Pode voltar a respirar, falou?
Liah: graça à Deus. ― exalo com calma, podendo deixar de utilizar meus cachos para esconder parte de minha face. ― para onde estamos indo, hein?
Ficando nas pontas dos pés, desviei de duas crianças dispersas na areia, atentos ao trabalho de construir os típicos castelos e não deixá-los se despedaçarem no meio do processo. Enquanto isso, Bakugou já deixara de caminhar sobre aquele quiosque e, educadamente, puxara a cadeira para mim, sentando-se na da frente.
Espera... FICAREMOS AQUI?!
Mas... MAS AQUI É O QUIOSQUE DOS DIAS E... ARRGGHH!Liah: você só pode 'tá de brincadeira. ― cruzo os braços e me recosto na cadeira, profundamente indignada. ― você reservou uma mesa? Para nós dois? Justamente aqui? Isso é sério?!
Bakugou: super sério. ― eu reviro os olhos e ele apenas sorri, virando para baixo uma plaqueta com a letra R, de "Reservado". ― você acha que estamos de férias, não é Stella? ― ah, não. Esse nome horroroso, não! ― eu tenho trabalho. Você tem trabalho. Nós dois temos trabalho!
E "trabalho" significa uma legião inteira de vilões utilizando a minha individualidade para fazer uma máquina de destruição funcionar.
Liah: f*da-se, 'tá bom?! ― olho ao redor, vendo que, graças a música alta e a batida envolvente, ninguém me ouviu. ― vê se entende uma coisa, falou? Não é fácil, beleza? Eu não vou fazer o que você quer que eu faça hoje! Não rola, okay?! Não dá para simplesmente virar para um homem e dizer..-
??: Ei, Bakugou! ― uma voz externa, e de tom masculino, me impede de concluir a frase, fazendo-me congelar de susto no mesmo segundo.
Impressão minha, ou... já ouvi essa voz, nesse específico tom, antes?
Sofrendo de um misto de espanto e curiosidade, cuidadosamente movi meu olhar na direção daquele homem que acabara de se aproximar da nossa mesa.
Se tratava de um sujeito de estatura média, cabelos em um corte curto e elegante, barba rala e sobrancelhas grossas. Se não fosse por seus pelos faciais ligeiramente grisalhos, acreditaria com confiança na idade que ele possivelmente poderia ter e que pairava em minha imaginação.
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De Repente, Você. (O Reencontro)
Fanfic~> [ Concluída ] <~ Uma só decisão. Um só passo dado na direção contrária da ideal. Um só sentimento que falou mais alto. Pelo amor, se comete loucuras. E todos os mais lunáticos que amam podem afirmar isso. Pelo amor, se é capaz de arriscar a própr...