Epílogo • Raízes

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• Um Ano e Alguns
Meses Depois •
~ 01 de Janeiro ~
~ Domingo ~

Os últimos meses passaram voando, tornando-se logo um ano inteiro.

Desde aquela tarde, Dabi nunca mais apareceu ― pelo o que eu saiba e espero, profundamente.

Nem mesmo nas mídias o famoso vilão da Liga dos Vilões, dono de uma individualidade destrutiva e flamejante, reapareceu. O que reforça uma verdade do que ele me disse: Dabi realmente abandonou a Liga.

A motivação? Não sei e nem faço questão de saber.

Para comemorar o primeiro um ano de idade do Liam, organizei um almoço bem feito em casa, com meus pais, minha prima e meus sogros.

Meus pais e Zaya foram os primeiros a chegar. Um dia antes, aliás, graças ao único vôo direto disponível para o Japão. Os hospedei em casa até o dia em que voltariam para o Brasil.

O almoço foi incrível, e sei o quanto Liam adorou conhecer seus avós paternos e maternos, assim como sua prima de segundo grau.

Quando percebi, já havia se passado mais um ano.

Mais um ano casada com o amor da minha vida.
Mais um ano de idade do meu menino.
Mais um ano livre de certos problemas complexos.

E o hoje, está sendo mais do que especial.

[ 13:45 P.M. ]
| Praia de Copacabana. Rio de Janeiro, Brasil |

Déjà-vu.
Essa é a melhor palavra para definir o que estou sentindo nesse exato instante.

Déjà-vu: já visto.
E como já vi esse Calçadão. E como já vi essa orla. E como já vi, e senti, esse Sol, essa maresia, essa areia... Caralh*, nem consigo acreditar que estou aqui. Retomando e revivendo raízes de uma vida antes esquecida, mas que hoje é muito bem lembrada.

Zaya: isso é sério, prima? ― pergunta surpresa e eu acabo rindo, terminando de passar em seu braço o protetor solar. ― já viemos aqui? Juntas?

Liah: claro que já, Zaya. Acha que estou mentindo? ― ela balança a cabeça em sinal negativo e eu sorrio, pegando mais um pouco de protetor para passar em seu rosto, a última região sem essa camada contra raios muito fortes do Sol. ― quando viemos aqui, você era menor do que o seu primo Liam.

Zaya: é? ― ela faz uma careta, tentando se comparar a ele, que agora estava sendo impedido pelo pai de comer areia. ― que estranho.

Liah: passamos o Ano-Novo aqui, sabia? Com o tio Edgar, a tia Agatha e seus pais. Eles não desgrudavam de você, minha linda. ― eu me derreto com o seu sorriso que faz suas bochechas ficarem rosadas e guardo o protetor, o tendo espalhado muito bem sobre sua pele clara. ― que tal um castelo de areia para começar? O protetor precisa secar bem para você entrar na água.

Zaya concordou, tão compreensiva e tão animada que chegou a me surpreender ― viu como um pouco de praia pode mudar as pessoas?

Após pegar seu balde para moldar seu castelo, seguiu em frente, ficando em uma distância onde posso vê-la e alcançá-la sem problemas.

Liam: mamãe? ― eu me abaixo até ele, vendo uma concha pequenina em suas mãozinhas. ― papai achou.

Liah: sério? Ele pegou para você? ― Liam assente, um tanto curioso com a concha. ― mais tarde, vamos encontrar outras, bem maiores do que esta. Que tal?

Liam: sim! Sim! Sim! ― comemora e eu logo o pego no colo, balançando-o aos ares até vê-lo perder o fôlego de tanto gargalhar. ― quero ir lá, mamãe. ― aponta para a Zaya, um pouco ao longe, e que já estava em seu terceiro castelo. ― deixa eu ir!

De Repente, Você. (O Reencontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora