Capítulo XXI • Toque

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[ 21:10 P.M. ]
• Liah:
| Já na saída do tão movimentado shopping |

Nunca me senti tão sem graça na minha vida como hoje, nesta maldita loja de roupas.

Percorri quase que o shopping inteiro até achar uma loja com uma vitrine que me interessasse e então, quando vejo que não me arrependerei das minhas compras, a bendita atendente troca de lugar com a última pessoa que eu gostaria de ter a opinião.

Não que a opinião dele seria ruim. Pelo contrário, eu a levaria, tanto como levei, muito à sério, só que... Poxa, 'né?

Sabe quantas vezes eu precisei sair daquele provador e ter que encontrar aquele par de olhos escarlates me observando? Dos pés a cabeça? Pedindo para que eu desse voltas e voltas até se sentir satisfeito com o que vestira?

Ah, mas quer saber?
Não foi TÃO ruim assim.

Além de ter uma segunda opinião para escolher vestes que realmente fossem me valorizar como merecesse, a maneira que Bakugou me olhava, que me admirava a cada movimento... Ah, p*rra.
Me trouxe uma sensação tão... inexplicável. P*ta merda.

Se não estivéssemos nessas circunstâncias, comigo tentando reconciliar meu passado conturbado e um homem achando que eu ainda sou a sua garota de tempos atrás, poderíamos até... Quem sabe, não?

Argh... As coisas sempre são tão complicadas para mim.
Dá um ódio, p*rra.

Liah: que. Saco. ― resmungo, tentando pela décima vez subir o zíper daquele vestido idiota. ― argh!

O vestido que escolhi para utilizar no tal "compromisso" que o Katsuki havia comentado ainda nessa noite, não era nada extravagante. Eu o via como simples, sem muito detalhismo, mas também sem perder sua essência de "peça de shopping", sacou?

 Eu o via como simples, sem muito detalhismo, mas também sem perder sua essência de "peça de shopping", sacou?

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Viu só?
Um vestidinho preto, básico, lindo e... COM A P*RRA DE UM ZÍPER EMPERRADO!

Antes que a primeira lágrima de raiva escorresse e eu começasse o meu típico surto de vestuário, escutei algumas batidas na porta do provador, seguidas de duas iniciativas para abrí-la, embora eu houvesse trancado-a.

Bakugou: você morreu aí dentro, p*rra? ― eu encaro o meu reflexo no espelho, aceitando, de alguma maneira, o que estava prestes a fazer. ― argh! Se você demorar mais um segundo aí dentro, eu juro que...-

Antes que me tornasse um alvo direto dos seus típicos sermões irritadiços, destranquei a porta daquela provador e a escancarei, certificando-me de que somente as minhas costas desnudas e o maldito zíper emperrado daquele vestido estivessem no campo de visão do loiro ― já tinha passado por muita coisa perante esse homem. E bom... Olhar em seus olhos, agora, não era um dos meus planos principais.

De Repente, Você. (O Reencontro)Onde histórias criam vida. Descubra agora