Dara
— Verena — Nathan bufou do banco de trás do carro enquanto seguíamos para o meu apartamento — não sei se é uma boa ideia dar mais energia para aquela bruxa.
Kian havia dito que Verena poderia saber onde encontrar Serafins. Infelizmente, a Bruxa não tinha celular, o que nos faria voar para Verdent no dia seguinte.
— Tem um plano melhor? — Kian o olhou pelo retrovisorNathan grunhiu e virou o rosto em direção à janela.
— Vamos voando? — Tentei mudar o assunto.— Vamos — Kian me olhou rapidamente — Três caídos voando chamam menos atenção do que um caído e um anjo de Caelum.
Ah.— Eu vou com vocês? — Nathan colocou a cabeça entre os bancos.
— É claro que vai! — Kian quase berrou — A coisa pode ficar muito feia, Nathan, e eu preciso de toda ajuda.
— Como assim? — Indaguei.
— Acha que Zadkiel vai ficar sentado sabendo que você sabe sobre ele? Acha que, quando ele descobrir o que estamos fazendo, não vai tentar nos impedir?
— Ele vai vir atrás de nós — Nathan murmurou.
— Ele é um olheiro. Sabe de tudo. — Kian ressaltou, assentindo levemente — E aparentemente, já está fazendo isso. O caído que eu acertei estava atrás de Dara.
Tremi levemente. Zadkiel havia enganado os arcanjos e a única pessoa que sabia disso era eu.
Chegamos ao apartamento de Kian onde estavam todas as nossas coisas. Nathan parecia pouco à vontade, mas ficou calado o tempo todo - me lançando olhares estranhos e desviando o olhar quando eu os notava. Kian não reagiu de forma agressiva, o que eu podia encarar como um ponto positivo. Talvez Nathan só estivesse assustado com tudo que estava acontecendo.
— Precisamos de armas — Nathan se sentou à mesa de Kian — Lembre de pedir à Verena também.— O que nos machuca? — Perguntei
— Ouro — Kian veio até mim e me puxou para seus braços — Facas, adagas e espadas de ouro causam um estrago feio, principalmente se for benzido ou abençoado por Caelum. Prata fere vampiros, lobisomens e bruxas. Bronze fere outros seres como Wendigos, demônios. E ferro machuca fadas e…
— Quantos seres existem em Telluris? — Engasguei.
— Muitos — Nathan deu uma risada seca — Isso aqui é uma confusão.
Kian deu um sorriso de canto que conseguiu me fazer ruborizar. Como ele conseguia fazer isso só com um sorriso?
— E o que machuca um Arcanjo? — Me atrevi a perguntar.
— Tá aí uma coisa que podemos perguntar para aquela bruxa — Nathan murmurou.
— Vamos tentar dever o mínimo para Verena. — Kian franziu a testa — Concordo com você, Nathan, sobre confiar nela. Porém, ela ainda é nossa única opção.
— Vamos nos…
Kian não terminou a frase, pois a janela diante da poltrona explodiu quando um anjo caído passou por ela. Nathan se jogou da cadeira para o chão e Kian me tirou de campo, recebendo o ataque.
Estava pronta para ajudar, mas a porta da frente foi arrombada e outros dois anjos caídos passaram por ela, vindo para cima de mim. Nathan surgiu ao meu lado, pronto para o ataque.
— Você vem comigo! — O desconhecido agarrou meu pescoço.— Não — olhei fundo nos olhos dele. Seus dedos afrouxaram levemente uma confusão momentânea passou por seu olhar, me dando a chance de o chutar entre as pernas.
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Um Doce Sacrilégio | Corações Infernais | Livro um
Fantasy"É sempre assim? O pecado é sempre tão tentador?" Eufórica por finalmente ser um anjo protetor, Dara Lorenz se prepara para descer à Telluris e cuidar da proteção dos humanos. É nesse primeiro contato que ela percebe como o mundo pode ser violento...