𝗵𝗼𝗹𝗱 𝗺𝗲, 𝗄𝗈𝗓𝗎𝗆𝖾 𝗄𝖾𝗇𝗆𝖺.

𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 41

Sem revisão meus amores, próximo
cap na visão do gatinho.
Amo vocês ♡
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Você se obrigou a comer alguma coisa após um tempo sentada lá, apenas para não ter que ser carregada como uma princesinha para cima e para baixo novamente pois não aguentaria tamanha humilhação, Suna fez um pedido simples de pequeno almoço para uma aeromoça bem vestida e gentil demais que apareceu ao redor da aeronave, não tinha notado que ela estava lá até ela surgir diante de seus olhos com uniformezinho justo preto feminino e um semblante cheio de ansiedade, acompanhada pela gravata vermelha é claro e um sorriso perspicaz de alguém que com certeza sabia o que estava fazendo e para quem estava prestando serviços, não conseguia parar de pensar no tanto de coisas que ela poderia ter visto naquele jatinho desde que começou a trabalhar para Nekoma. Ela depositou o prato de porcelana com delicadeza, Alisa estava entretida com uma revista de moda que encontrou ao lado de um dos sofás e não pareceu ligar para a presença da moça, Kageyama não parava de encarar a pobre mulher por outro lado enquanto Suna falava com alguém ao telefone, o silêncio entre todos ali era confortável na verdade, ninguém estava puxando assunto desnecessário, ninguém estava lhe exigindo nada, quase como se soubessem que não gostaria de falar agora e se sentia grata.

— Senhor Kozume recomendou este prato especialmente para a Senhora, espero que seja do agrado. — Ela disse, com um sotaque russo forte. Inclinou sua cabeça para o lado com a menção do nome tão familiar e do qual ainda fazia seu coração doer por dentro, gostaria que ele estivesse aqui. — É italiano, receita de família.

— Pensei que Kenma fosse Japonês? — Não pôde deixar de comentar, nunca haviam falado de suas origens mas, de fato, havia algo em Kenma que o fazia parecer estrangeiro, nunca deu importância mas agora estava seriamente pensando nisso.

— Sua mãe veio da Itália, Roma. O senhor Kozume, seu pai, de fato era Japonês e o Senhor Kenma nasceu aqui.

— Você chegou a conhecê-lo? O pai dele? — Sussurrou de volta, não sabia porque ela estava falando baixo enquanto a conversa se estendia, mas não gostaria de denunciá-la se ela não parecia uma ameaça. Ela sorriu como se soubesse, depositando um lenço sobre seu colo desnudo, com a classe e sofisticação de uma nobre. — Hm, muito obrigada por me servir.

— Não o conheci, era muito nova quando ele foi enterrado, mas minha mãe sim. — Respondeu por fim, sorrindo novamente ao ajustar sua postura com as mãos unidas em frente sua saia justa. Acenou em concordância, ela não parecia ter mais de vinte e cinco anos, de fato jovem o bastante para ter a idade de Kenma ainda. — Mas não se preocupe Senhora, não terá o mesmo destino que o dela. O Senhor Kenma é um bom homem, apesar de tudo, irá cuidar de você e respeitá-la como deve ser.

— O mesmo-.. Destino!? O que quer dizer?

— Você terminou? — Alisa interviu, retirando seu rosto de trás da revista que agora duvidava se ela realmente estava lendo todo esse tempo. Afinal a Haiba verdadeiramente gostava de moda? E se tudo fosse um personagem para apenas não atrair atenção? Sempre achou tão estranho o fato de ela ter pais ricos mas ainda preferir viver trabalhando em um emprego detestável daqueles. A aeromoça corou fortemente, abaixando sua cabeça, sabia que ambas vieram do mesmo lugar, então talvez já tenham se visto em outros tempos mas não estava gostando do tom da amiga. — Kenma mudou as regras por aqui enquanto estive fora? Pensei que funcionários de segunda não tinham direito a conversação durante o expediente, menos ainda com a mulher do chefe.

— Desculpe. — Seu sotaque ficou mais evidente. E sua raiva mais palpável.

— Alisa, pare. — Disse firme, deixando o guardanapo de lado e se levantando de seu estofado macio. Kageyama deu um passo, cheio de músculos e vontade de brigar, mas ergueu sua mão para pará-lo, não iria fazê-lo dar uma surra em sua melhor amiga, pelo amor de Deus! Com que tipo de pessoa ele estava acostumado a trabalhar!? O encarou por um breve instante como um claro aviso, voltando-se para a Haiba que intimidava a moça ao seu lado. — Eu não pedi a sua ajuda, menos ainda gosto da maneira como fala com as pessoas. Você não trabalha mais para Kenma, se está aqui agora é porque eu quero e posso mandá-la embora quando eu quiser. Que fique claro.