𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 35

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Kenma sorriu contra seus lábios unidos no segundo em que envolveu seu rosto com a mão livre de sua cintura, fazendo-a rir pelas cócegas de seus cabelos soltos que voavam de encontro às suas bochechas o tempo todo, atrapalhando o que poderia se tornar um beijo de verdade. Riu outra vez quando ele desistiu de continuar bajulando-a com sua boca, lhe dando um último selar suave contra a face antes de abrir a porta abaixo esperando-a entrar e sentar com a sacola em seu colo, você olhou uma última vez para a moça atrás do balcão que ainda estava surpresa demais para reagir apropriadamente, sorrindo e acenando até o loiro ao seu lado dar partida no conversível exuberante para longe das vistas alheias e curiosas envolta de uma vez. Mordeu o lábio inferior para tentar parar de sorrir, reprimindo sua felicidade para não ser tão óbvia sobre como estava se sentindo sobre isso, tudo estava mudando e não estava conseguindo acompanhar realmente, se deixando ser levada pela maré como se não houvesse inibições ou objeções, e sinceramente meio que não tinha muito o que pensar ou questionar quando o loiro estava por perto, então respirou fundo e o observou dirigindo pela avenida com o peito eufórico e emocionado em silêncio, deixaria para se perder em paranóias e pensamentos racionais ou qualquer coisa perto disso quando estivesse devidamente sozinha outra vez .

— Agora estamos indo para casa? — Perguntou, e franziu o cenho para si mesma no segundo seguinte após a sua fala. "Indo para casa?" Não era sua casa, era a casa dele. Kenma não respondeu entretanto, olhando-a soslaio com os fios loiros para trás de sua orelha furada, pareceu entender sua própria confusão. — Digo, sua casa.

— Hm. 

— Isso não é uma resposta de verdade! — Bufou com uma risada, revirando os olhos. Ele sorriu por trás de sua expressão impassível e rígida de um "homem de negócios", distraidamente olhando através do retrovisor. Seguiu seu olhar com uma linha entre suas sobrancelhas com medo de ele estar se sentindo seguido porque uma coisa dessas seria o mesmo que jogá-la no meio de um tiroteio sem colete a prova de balas mas não pareceu que qualquer um dos carros atrás estava, então voltou seu olhar para ele, esperando. — O que houve? Acha que estamos sendo seguidos ou algo assim? 

— Não. — Ele disse, finalmente usando a voz de novo e estava aliviada. Sua cabeça estava perdida em filmes de ação, imaginando carros explodindo e pneus furando em alta velocidade e sangue para todo lado com vidros quebrados pelo asfalto. — Ninguém seria louco o suficiente. 

— Invadiram seu prédio uma vez. 

— Nada além de suicídio, se bem me lembro. — Ele abriu um sorriso sádico ao dizer, mórbido até. Arrepiou sua nuca, fazendo-a encolher-se no banco com um pouco de ressentimento, ainda lembrava-se vagamente do rosto daquele homem ensanguentado no chão da sala, sujando o carpete de vermelho puro. Kenma e Kuroo apenas reviraram aquele corpo morto em busca de pistas enquanto estava preocupada em apenas vomitar tudo o que havia comido no chão como uma idiota. O loiro trouxe a mão para sua perna exposta no presente, desviou sua atenção para ele e encontrou em seus olhos amarelados o conforto que não sabia que precisava —  Não estamos sendo seguidos, ninguém irá morrer hoje. E, de qualquer maneira, não estamos indo para casa ainda, vamos comer algo, quero que conheça um restaurante de verdade porque convenhamos, você vivia de enlatados e eu duvido que aquele filho da puta lhe pagava o suficiente para ter a chance de conhecer um.

— Oh. — Precisou de mais de um segundo para entender de quem ele estava falando, e riu no instante seguinte com uma de suas mãos sobre os lábios carmesim. Kenma sorriu de volta, pequenas marcas de expressão envolta de suas íris inumanas e levou sua mão para tocá-las espontaneamente quando o carro parou em um farol, o loiro fechou os olhos descansando a cabeça sobre sua palma quente, como se sua mão fosse um travesseiro o qual ele estava procurando há muito tempo. Sorriu humilde. — Hm, falando nele, eu tenho algumas coisas para perguntar mas você não pôde questionar como eu sei. Ok?

𝗵𝗼𝗹𝗱 𝗺𝗲, 𝗄𝗈𝗓𝗎𝗆𝖾 𝗄𝖾𝗇𝗆𝖺.Onde histórias criam vida. Descubra agora