𝗵𝗼𝗹𝗱 𝗺𝗲, 𝗄𝗈𝗓𝗎𝗆𝖾 𝗄𝖾𝗇𝗆𝖺.

𝗰𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 25

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Seus dedos estavam sujos de porra pela segunda vez no dia, rolou seus olhos antes de erguê-los diante do rosto contorcido em uma careta em desagrado após adentrar o quarto escuro batendo a porta suavemente atrás de si, suas pernas ainda se encontravam trêmulas pelos estímulos enquanto seu peito disparava em batidas fora da frequência considerada saudável, o maxilar um pouco dolorido pelo esforço anterior. Como de costume havia apenas a claridade da cidade iluminando o tapete ao redor do cômodo a sua frente, e você suspirou ao piscar uma ou duas vezes de forma demorada antes de colar a orelha na madeira ao lado para tentar escutar o que o loiro "sem palavras" estava fazendo agora que havia o deixado só, escutou um som oco que pareceu ser de um soco contra o que deduziu ser o chão de assoalho o que a fez rir baixo com a mão limpa diante da boca umedecida por sua língua rubra e levemente salgada, Kenma estava frustrado consigo e com suas ações impulsivas, não poderia dizer que odiou a idéia de pegá-lo desprevenido mas soube assim que ele a segurou diante de seu membro rígido que nunca conseguiria fazer aquilo outra vez, mostrou-lhe um lado obsceno naquela noite que ele não esqueceria tão facilmente e que com certeza ele tentaria retribuir seu favor no futuro de alguma maneira inesperada. 

Retirou os fios de seu rosto ao arrastar seus dedos em seu couro cabeludo, levando-os para longe de sua visão sonolenta e levemente alterada por puro whisky importado em seu organismo vazio. Não estava bêbada, ainda que estivesse se sentindo incrivelmente corajosa ao ponto de se ajoelhar diante de um homem sozinho na sala, tinha certeza de que teria feito coisas piores se estivesse, o que não vinha ao caso agora que o sono espreitava ao redor de suas pálpebras deixando-as pesadas a cada piscadela, entrou na suíte ao lado para escovar os dentes e lavar suas mãos com sabão líquido com cheiro de limão, gostava do aroma da fruta mais do que imaginava, observou por um segundo enquanto franzia o cenho para o pote depositado ao canto da pia de mármore branca, deu de ombros ao se inclinar para cuspir o creme dental no pequeno ralo de prata, enxaguando a boca ao pegar um pouco da água morna com a palma em forma de uma concha, distraidamente inclinando a cabeça para o lado ao terminar.  

Não ouviu o som da porta ao lado fechando em nenhum momento até o instante em que pegou no sono naquela noite, deitada ao canto da parede abraçada a um travesseiro fofo enquanto outro estava entre suas pernas, confortavelmente vestida com roupas de dormir que encontrou no caminho até a cama. Não se importava se Kenma estava dormindo ou não, se ele estava no conforto de seus cobertores ou na dureza do tapete da sala, se ainda estava bebendo seu whisky caríssimo na penumbra de seu escritório sozinho ou se chamou Kuroo para lhe fazer companhia enquanto reclamou suas frustrações ao amigo e irmão, nada que o Kozume fazia lhe interessava, e se demorou um pouco demais para realmente apagar em seus sonhos obviamente não foi porque desejou ouvir o som daquela maldita morta fechando ao lado, nunca!.

Na manhã seguinte você se encontrava uma bagunça com seus braços abertos no centro do colchão macio e branco, o cobertor quentinho enrolado em sua perna esquerda enquanto os travesseiros estavam por toda parte ao redor de seu corpo desnudo e pelo chão ao redor da cama, a blusa de seda preta com finas alças em seus ombros delicados estava ainda mais curta que o normal ao deixá-la com a barriga exposta para o vazio de seu quarto, enquanto seu short da mesma cor realçava suas coxas ao apertar-se entre elas com sutileza. Serena, respirava com o peito subindo e descendo tranquilamente perdida em seu inconsciente até o instante em que o alarme tocou alto próximo a sua cabeça assustando-a ao despertar-se com um pulo ao mesmo tempo em que seu cabelo apontava para todas as direções enquanto se sentou desorientada do que estava acontecendo ainda, resmungando ao encarar o relógio digital em cima da pequena cômoda esperando que seu ódio pudesse desintegra-lo da face da terra por um minuto antes de suspirar, esfregando as mãos em seu rosto amassado nenhum pouco pronta para sair daquele quarto mas definitivamente obrigada a isso.