Capítulo 173 - Confronto Final - Parte 2

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POV ERIC

Sinto a adrenalina pulsando em minhas veias enquanto luto com meu pai pela posse da arma. Cada movimento é uma batalha intensa, uma luta entre o passado cheio de cicatrizes e o futuro que estou determinado a proteger.

— Solta isso, seu desgraçado! — ele grita, enquanto nossos corpos se chocam em uma dança caótica de força e desespero. A arma oscila entre nós, e o som metálico ressoa na sala escura. Cada momento parece uma eternidade, mas estou determinado a vencer essa batalha.

— Você não vai mais machucar ninguém! — Rosno, canalizando toda a raiva acumulada ao longo dos anos.

— Você nunca aprende, não é mesmo? Sempre resistindo, sempre tentando ser o herói. Mas, no final, você é apenas um fracassado, assim como sua mãe foi. — Ele rosna, tentando desestabilizar minha determinação.

Com um movimento brusco, consigo desarmá-lo, fazendo a arma cair no chão.

— Acabou! Você não vai mais machucar ninguém. — digo, mantendo-me firme diante dele.

— Você é patético, Eric. Acha que pode mudar alguma coisa? Sempre fui o vencedor, e desta vez não será diferente. — Ele zomba, mesmo desarmado.

Meu pai olha para a arma no chão e corre para apanhá-la. Meu instinto de lutador de boxe assume o controle, e eu me lanço sobre ele antes que consiga alcançar a arma.

— Você não vai escapar impune, seu desgraçado! — grito, desferindo golpes contra ele.

Cada soco é uma liberação de anos de dor. Cada golpe desferido é uma resposta a todos os tormentos que ele causou.

Entretanto, meu pai é astuto. Em um momento de descuido, ele consegue se desvencilhar e recuperar a arma. Ele dá uma risada alta e triunfante, apontando a arma na minha direção. O confronto atinge um impasse tenso, e sei que a situação pode se tornar fatal a qualquer momento.

— Você realmente achou que poderia vencer, não é? — ele provoca.

Minha mente trabalha rapidamente, buscando uma saída, uma estratégia que possa virar o jogo a meu favor. Observo ao redor, procurando por qualquer objeto que possa ser usado como proteção ou distração.

— Você é patético, assim como sempre foi. Toda essa resistência é inútil.

Enquanto ele fala, noto uma corrente solta próxima a uma das janelas. Uma ideia surge em minha mente, e eu me preparo para agir.

— Acha que me intimidar com essa arma vai funcionar? Você subestima a força daqueles que realmente têm algo a perder. — digo, tentando ganhar tempo.

Meu pai sorri, convencido de sua vitória iminente. É nesse momento que avanço de surpresa, pegando a corrente solta e lançando-a na direção da arma. O som de metal se chocando ecoa pela sala quando a corrente atinge a arma, desviando-a de sua mira.

Aproveitando a oportunidade, me lanço novamente contra ele, desarmando-o e jogando a arma para longe. Nossa luta recomeça, mas desta vez, estou mais determinado do que nunca a encerrar isso de uma vez por todas.

A luta é intensa, socos sendo trocados, mas a vantagem está do meu lado. Cada golpe é uma afirmação de que não permitirei que ele machuque mais ninguém que eu amo.

Continuo a atacá-lo com toda a minha força, canalizando a raiva e a frustração acumuladas por anos de abuso. Cada golpe que acerto é uma espécie de libertação, uma maneira de finalmente me defender e conquistar minha própria segurança. Meu pai tenta se defender, mas sua resistência é inútil. Sua força e habilidade já não são páreo para minha determinação. Com cada soco e chute, sinto um misto de alívio e vingança, um desejo de fazê-lo sentir uma fração do medo e dor que ele me causou.

O Professor - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora