Impuros - Vinnie hacker

capítulo sete

ZAHRA
(1 mês depois)

Acordei com minha porta sendo aberta e minha mãe andou até estar de frente para mim.

— Você recebeu isso. Pensei em abrir mas você me odiaria mais do que já odeia, então apenas trouxe pra cá.— ela jogou uma caixa na cama

Me sentei esfregando os olhos e puxei a caixa pra perto.

Tirei a tampa e na hora meu coração parou.

Tem algo embrulhado em papel alumínio e uma carta.

Puxei a carta primeiro, precisava saber quem tinha mandado.

"Ele tocou no que não devia, então resolvi impedi-lo de tocar em qualquer outra coisa em sua fodida vida.
Espero que goste do presente."
       — V. Hacker

Desembrulhei o papel e vi duas mãos, uma delas com um anel exatamente igual ao que Zack usava um mês atrás, quando tentou me estuprar.

Corri para o banheiro e vomitei a minha única refeição de ontem que foi um sanduíche.

Não tenho comido bem desde aquele maldito dia.

— Você não planejava contar que alguém tentou trocá-la?— minha mãe perguntou, surgindo atrás de mim

Lavei minha boca e a encarei.

— Você diria que foi minha culpa.— falei e passei direto por ela

Ela agarrou minha mão me fazendo parar e me encarou, olhou bem dentro dos meus olhos para dizer.

— Não diga isso nunca mais. Eu JAMAIS diria algo assim pra você!
— ela gritou chorando

— M-mae.— gaguejei

Ela caiu ajoelhada chorando e eu me ajoelhei ao seu lado, a abraçando.

— Porque está chorando?— perguntei erguendo seu rosto

— Eu queria te proteger de tudo isso. Por isso te prendi tanto, por isso nunca deixei ninguém se aproximar de você. Mas olha so, não adiantou nada.
— ela falou

— Mamãe. Não fala assim. Você não podia controlar. Não temos controle de tudo na vida. É um fato infeliz, mas não temos como mudar.

— Eu sei...mas, ainda tenho tanto medo.— ela secou o rosto.— Mas agora,— ela respirou fundo.— Me diga quem é esse V. Hacker e porque fez algo assim por você, é seu namorado ou um psicopata?— ela pediu se levantando e eu ri

— Eu não consigo acreditar...— sussurrei, olhando para a caixa

— Ok. Tô indo trabalhar, vai fazer o que hoje?

— Não faço ide-

Meu celular começou a tocar me interrompendo e eu o puxo do travesseiro, vendo o número de Vincent brilhar na tela.

Durante esse mês, Juna não desgrudou de mim porque segundo ela tinha algo estranho e com ela vinha o combo de todos os seus amigos. Mas eu mal falava com eles, apenas Luly que realmente se tornou uma amiga.