Impuros - Vinnie hacker

capítulo dez

ZAHRA

Segui Vincent para dentro da casa e vi ele sair da cozinha com um bebê loirinho no colo.

Puta merda. Ele é pai mesmo. A criança é igual a ele.

— Minha irmã saiu com o idiota do marido dela e eu tive que ficar de babá, por isso não ia conseguir fazer a droga do trabalho.— ele explicou e deixou o bebê no sofá

— Mas e seus pais?— perguntei confusa

— Toma um banho, no segundo quarto tem roupas femininas antigas da minha irmã. Pode pegar.
— ele mudou de assunto

Assenti, meio atordoada e subi, indo para o quarto que ele falou. Peguei uma calça jeans e uma blusa de manga, então segui pro banheiro.

Parece que todos os quartos são suítes.

Quando tirei minhas roupas, pude finalmente ver a marca que a queimadura deixou. Não foi algo grande mas está uma boa marca, que com certeza vai estar aqui pra sempre.

Suspirei e quando entrei debaixo do chuveiro, tive que conter um grito enquanto a água escorria pela cicatriz. Não fiz nada quando cheguei em casa mais cedo, então ainda está muito sensível.

Terminei o banho e me vesti, ainda sentindo certo certa dor, mas tentando ignorar.

Arrumei um saco e guardei minhas roupas, então voltei para sala, onde Vincent tentava a todo custo entreter a criança que tentava agarrar seu colar do homem aranha.

— Pode subir, posso olhar ele enquanto você se troca.— falei, deixando o saco perto da minha bolsa

Ele suspirou aliviado e se levantou, subindo.

O pequeno tentou correr atrás dele e eu, rindo, o puxei pro meu colo.

— O que acha de vermos um desenho, percebi que você gosta de Homem Aranha.— apertei suas bochechas e me sentei no sofá

Ele riu e bateu palmas como se concordasse com o que eu disse, então entendi isso como um sim.

Me deitei mais confortável no sofá e ele deitou em cima de mim, com a cabeça deitada em meu peito e os olhos focados na tv.

— Você é uma fofura.— murmurei o apertando

Escutei sua gargalhadinha e sorri junto, dando play no desenho.

Senti suas mãozinhas ficarem fazendo carinho na minha barriga e meu coração se encheu de amor, céus, eu adoraria ter um irmãozinho ou irmãzinha.

Mecho em seus cachinhos loiros enquanto assistimos o desenho e logo escutei Vincent descer.

— Parece que o moleque gostou de você.— ele falou, se jogando na outra ponta do sofá

— Ele é adorável.— sorri

Vincent me observou por um tempo, então levantou suspirando.

— Melhor você dormir aqui, a pessoa que te seguiu com aquele carro pode estar te esperando lá fora, então é perigoso sair agora. Amanhã eu te acompanho até sua casa.— ele falou

— Ah... tudo... bem. Eu só preciso avisar meus pais...
— gaguejei

Que bizarro, dormir na casa dele.

Logo ele.

— Vou preparar algo pra comermos, ele também deve estar morrendo de fome. Volto já.— ele avisou e correu até a cozinha