capítulo trinta e três

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[ NEVER BE LIKE YOU - Flame, Kai]

ZAHRA
Eu definitivamente não iria mais ficar encolhida em
casa chorando.

Eu estava com ódio. Porque eu estava amando ficar com Vincent, amando tocar ele, beijar ele, sentir ele me tocar. Mas não íamos mais fundo.

Eu ainda tinha medo, confesso, mas ele não parecia querer.

O que mais pensei durante essa semana, todas as vezes que estávamos juntos, aproveitando um ao outro, era que ele não me queria.

Não o suficiente pra me levar pra cama.

Porque, como um cara que a cada final de semana tem uma diferente, tem uma pessoa durante a semana inteira em seu apartamento, sozinha, sem vizinhos, e não tenta nada.

O problema só pode ser eu mesmo.

Ele só tinha pena.

Então assim que ele saiu, bastante irritado, para ir encontrar os garotos na boate. Eu peguei minhas roupas, uma saia curta preta, um top preto e a jaqueta de couro dele.

Também peguei um dos cintos de marca dele, coloquei só pra deixar mais bonito e sai com sua maserati.

Essa não era minha vingança, não era bem uma vingança, era só um... plano?

Vou levá-lo ao limite. Se ainda assim ele não me quiser.

Foda-se, eu nunca mais o olharei dessa forma.

Podemos ser amigos, até porque depois de tudo que ele fez por mim eu não posso dar as costas, mas eu jamais o tocarei dessa forma.

Pensar é difícil de controlar, mas eu me impedirei o máximo. E preciso conseguir.

Não vou me humilhar pra ele me querer. Vou fazer ele se humilhar.

Piso no acelerador dirigindo até a boate que as meninas combinaram e várias buzinas irritadas vem em minha direção mas eu ignoro, acelerando ainda mais.

Estaciono perfeitamente em frente a boate, que na verdade é uma enorme casa, e desço, chamando atenção de quem estava do lado de fora, como se eu fosse algum tipo de famosa.

Que mundo. Você mata uma pessoa e vira uma heroína famosa.

Achei que isso só acontecia nos filmes.

Mas eu quase não assistia jornal, então não posso dizer com certeza.

Escuto burburinhos sobre mim, mas ando pra dentro como se não escutasse nada.

Encontro as meninas e as abraço com forças, morrendo de saudades. Até mesmo de Becca.

Esses dias de molho com Vincent te fizeram bem. Você está incrível.a própria me elogiou e eu sorri

Obrigada! Mas vamos beber, eu não quero perder nem um minuto.

Pegamos copinhos de vodka, brindamos e colocamos tudo pra dentro, dando um grito juntas.

Que se fodam os meninos hoje, vamos dançar e transar com desconhecidos.Juna gritou e bebeu mais um copo

Transar com desconhecidos está definitivamente fora de opção pra mim, não depois de tanta merda. Mas posso beber e dançar.

Muito.

Me levanto do banco que sentamos pra beber, mas meu sapato fica preso no apoio do banco e eu quase caio.

Quase, porque um cara bonito, com um corpo musculoso, cabelo raspado e olhos azuis, me segura o e eu sorrio agradecida.

Acabei pisando em seu pé quando fui me colocar de pé e nós dois rimos pelo meu desastre. Mal bebi e já estou confusa.

Impuros - Vinnie hacker Onde histórias criam vida. Descubra agora