Impuros - Vinnie hacker

capítulo quatorze

[escutem Softcore - The neigbourhood]

ZAHRA

A sexta feira chegou mais rápido do que queria.

E desde terça mal falo com o pessoal.

Não estou querendo me fazer de vítima, ou agir de forma infantil.

Acho que preciso de um tempo sozinha pra pensar. Foi tudo tão rápido.

Um dia eu estava presa em casa e no outro, faculdade, amigos, sentimentos, confusões e decepções.

Preciso de ar.

Eu e as três garotas apresentarmos o trabalho hoje e até que elas não estão sendo pessoas ruins, elas são muito engraçadas, me rendem boas risadas.

E não me trataram mais mal.

Isso já é algo.

Mas ainda não me sinto confortável com elas também.

Eu posso ser ingênua, mas assisti séries adolescentes o suficiente enquanto estava trancada no quarto. As pessoas com certeza podem fingir.

Saio da faculdade indo em direção ao meu carro e assim que me aproximo de onde estacionei, vejo um loiro encostado no meu carro com um cigarro pendurado na boca.

Achei que era Vincent e já estava pronta pra xingá-lo, mas ao me aproximar reconheci Jordan.

— Hey! Já está por aqui.— sorri

— Eae linda.— ele puxou e me abraçou

O cara com quem perdi meu bv. Também o cara que agora namora a garota mais linda que já conheci.

— Cadê a nossa namorada?— perguntei olhando pra trás dele, o fazendo rir e me empurrar

— Ela não vem dessa vez. Vai resolver umas coisas da família. Me dá sua chave, eu vou dirigindo.— ele estendeu a mão

Revirei os olhos e entreguei a chave a ele, entrando no banco carona.

— Vamos, me diga. Como você está? Já está se sentindo livre como disse que seria a partir dos 18.
— ele perguntou, em claro deboche já que com 18 anos eu ainda estava presa em casa

— Estou bem, mas apesar de estar mais livre, por algum motivo ainda me sinto presa... algo dentro de mim está preso.— respondi sinceramente, encostando a cabeça na janela enquanto o observo

Jordan, depois do meu pai, é a única pessoa em quem confio.

Apesar de nosso passado, desde os 16 anos não nos vemos com os mesmos olhos. Ele é um irmão mais velho pra mim, o único que sabe de toda minha vida.

— Relaxa Z. Você vai encontrar sua liberdade e vai ser feliz. Dê tempo ao tempo.— ele tocou meu queixo e acelerou mais meu carro

— Porque sempre corre tanto?— perguntei apertando o cinto

— Gosto do vento batendo na minha cara. Mas hoje... tenho um resgate pra fazer.— ele piscou

— Um o que? Com o meu carro? Se manca Huxhold, temos uma festa pra ir.— resmunguei

— A festa é só oito da noite, relaxa. Vamos almoçar juntos num restaurante que eu gosto.— ele avisou e acelerou novamente o carro

Descansei novamente o corpo no banco e deixei que ele dirigisse pra onde quer que estejamos indo.

Paramos em frente a uma porta que eu passei a reconhecer bem, infelizmente.

— Vincent, pode sair.— jordan falou ao telefone