Impuros - Vinnie hacker

capítulo quarenta e um

[ DIE FOR YOU - The weeknd]

ZAHRA
Brenda me chamou pra irmos ao campo, como sempre fazemos, e eu tive que me esforçar pra descolar no banco.

Enfiei o meu celular no bolso do short que ela estava usando já que minha saia não tinha bolso e estava com preguiça de tirar minha pequena mochila das costas, e nós duas descemos, indo até os jogadores.

Daniel, mesmo que triste pela perda, abriu um enorme sorriso quando nós viu e a primeira coisa que ele fez foi agarrar a namorada.

Enquanto eu me afastava de fininho.

Chase me viu e sorriu, se afastando dos caras e vindo até mim.

— Foi uma boa partida. — sorri dando de ombros e ele riu, passando a mão pelo cabelo

— Foi sim, poderia ter sido melhor, mas eles são os melhores do ano. Ficamos até que pouco atrás, foram só cinco pontos.— ele falou e deu de ombros

O jogo acabou 60 x 55.

— Vocês recuperam.— o empurrei de leve e ele sorriu, me olhando de cima a baixo, então me puxou pela cintura

— Acho que parte disso é culpa sua e você devia me recompensar.— ele sussurrou, a centímetros de mim e eu sorri, molhando meus lábios

— Porque seria culpa minha?

— Porque eu sabia que você estava aqui e você mexeu comigo. Antes mesmo de eu te ver... já estava te imaginando. Linda, com a minha camisa.— ele falou e eu ri, segurando sua nuca

— Achei que tínhamos combinado nada de afeto em público.— murmurei o lembrando

— Hoje eu tô pouco me fodendo.— ele respondeu e me beijou

Passei meu outro braço pelo seu ombro e segurei sua nuca com as duas mãos, conduzindo o beijo enquanto ele apertava minha cintura.

Me afastei quando abri os olhos por uns segundos e vi fotógrafos se aproximando, e ele me encarou confuso.

— Eu já falei que não quero ser conhecida como uma de suas ficantes.— falei rindo e ele revirou os olhos, rindo também

— Você é a mais frequente, se isso te faz sentir melhor.— ele brincou e eu ergui o dedo do meio pra ele

Criamos uma amizade boa nesse tempo, nós ficamos quando queremos, mas sabemos ser amigos e nos relacionar feito gente normal.

Não temos conflitos por isso e funciona pra mim. Nada de compromisso, nada de quebrar corações.

— Bem, vou pro vestiário me trocar, quer carona até a casa que vamos ficar?— ele perguntou andando de costas para o vestiário

— Pode ser, quero dar espaço pros pombinhos.
— apontei para os meus amigos, que estavam conversando intimamente, e ele riu concordando com a cabeça

Então se foi.

Eu suspirei, indo na direção da primeira fileira da arquibancada para esperar ele voltar.

— Parece que você tem um tipo.— escutei uma voz grave e conhecida falar atrás de mim

Mas não. Eu não queria ouvir. Não quero sentir nada daquilo de novo. Eu ainda estou lutando pra que suma, na verdade.

— Eu... não quero falar com você.— falei ainda de costas e escutei ele se aproximar

— Qual é Z, já fazem três anos.— ele tocou meu braço e eu engoli seco