1-A garota 02

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Cliquei na tela fechando os olhos.

-Ai que vergonha.—Bati com o celular na testa,olhei o celular com a última mensagem já visualizada, fiquei desesperada jogando o celular no sofá,e bati no rosto tentando não acreditar que realmente havia feito isso.—Eu chamei?

Suspirei ainda olhando a casa, mas minha mente estava naquilo, eu realmente tinha chamado um garoto de programa?

Eu acho que vc deveria chamar.

A voz da Dinah ainda ecoava na minha mente, eu não necessito tanto assim, ou necessito?

-Eu ser virgem com 24 não quer dizer que preciso ser necessariamente pervertida e sem...a minha pureza.—Comecei a andar de um lado ao outro pensando.—Eu não poderia perder com qualquer um não é?

Segui até o banheiro e tirei minha roupa, joguei no cesto e me olhei no espelho.

-Ser virgem hoje em dia é bom sim Dinah.—Suspirei indo até o chuveiro, liguei e água fria fez meu corpo arrepiar, lavei bem os cabelos e resolver limpar meu corpo, eu estava me sentindo incomodada com o que acabei de fazer, e mesmo que ele venha, eu tenho que tá apresentável.

Talvez assim ele fique com tesão e me deixe excitada também, e aí acabe logo com isso.

Suspirei fechando os olhos deixando a água umedecer meus cabelos, passei algumas horas no banho que meu corpo chegava a arrepiar com o frio lá de fora, saí do Box e coloquei o roupão, saí do banheiro e fui direto pra o espelho, liguei o secador e comecei a secar os cabelos.

Petiei os cabelos e vesti uma calcinha vermelha,voltei a pôr o roupão e fechar em um nó,  voltei pra frente do espelho e comecei com uma maquiagem básica, passei um batom fraco e espalhei pressionando os lábios.

Suspirei me olhando, e um frio percorreu meu corpo pensando na possibilidade de dor.

-Ela falou que dói. —Passei a mão nos cabelos os bagunçando novamente.—Mas depende, se não for grande...

Corri até a sala e peguei o celular mandando uma última mensagem.

Olhei pra o celular esperando a visualisalização e a resposta, e não demorou pra imagem aparecer na tela como um borrão, meu dedo insistia em clicar, eu deveria saber...a curiosidade era maior.

Cliquei e fechei os olhos, mas os abri devagar e não evitei em jogar longe.

-Oh mds...eu vou morrer.—Comecei a andar de um lado a outro.—Se for só a metade mesmo assim irá me acabar...pensando bem que isso não mata, não vi nenhum caso...mesmo assim.

Choraminguei e comecei a balançar as mãos tentando me acalmar.

-Ta bom, nada pode ser pior.—Suspirei fechando os olhos, tentando meditar, mas as batidas na porta me fizeram levar um tombo. —Mas já??

Comecei a andar de um lado a outro, um frio surgiu no estômago, a indecisão de abrir ou não a porta me dominou.

-Não...—Corri de volta pra o quarto e me olhei no espelho, passei as mãos nos cabelos e me perfumei, mais uma vez a batida na porta e eu desci correndo novamente.—Tudo bem, eu preciso fazer isso.

Fechei os olhos e respirei fundo,destravei a porta e abri ainda com os olhos fechados, abri um e Juntei as sobrancelhas sem entender.

Tinha uma mulher ali, com uma jaqueta preta, uma calça também de couro, os cabelos pretos soltos, e os olhos claros, fumava um cigarro enquanto se escorava na parede.

Soltou a fumaça no ar e colocou a outra perna no chão, o olhar tedioso dela me fez estreitar os olhos sem entender o que aquela mulher queria.

-É...—Eu tentei falar mais ela caminhou até mim passando pra dentro.—Espera, quem é vc?

Ela voltou a tragar o cigarro olhando ao redor.

-Vc deveria ter escolhido um motel, mas se prefere aqui.—Ela se sentou no sofá abrindo as pernas, soltou a fumaça no ar e estreitou os olhos.—Vamos...

-Vamos? Mas eu estou esperando...espera...—Olhei pra fora e bati a porta, ela estava largada no sofá fumando, os olhos estreitos em mim, avaliando meu corpo coberto pelo roupão,é como se conseguisse ver através.

Senti um arrepio.

-Achei que estivesse me esperando.—Ela fez bico e olhou pra mesinha de centro procurando algo, até que apagou o cigarro em cima da madeira mesmo.—Tudo bem...assim é mais interessante.

Ela esticou os braços abrindo no sofá.

-Vc quer transar aqui no sofá ou...??—Arregalei meus olhos ao ouvir.

-Transar?mas...eu...—Fui até meu celular e peguei vendo o trincos na tela, acendi e justo na conversa.—Eu chamei...

-Eu estou aqui.—Ela me interrompeu.—Vc quer transar e eu vim, estou aqui pra satisfaze-lá do jeito que quiser...menos uma coisa...

-Eu não chamei vc, eu vi um...

-Um homem?—Ela disse tediosa, levantou e se aproximou de mim, olhou a foto inapropriada no celular e me olhou, olhei pra sua mão que moveu levantando a camiseta preta revelando seu tanquinho. —Quer ver pra ter certeza?

Olhei pra foto e o enorme pênis rosa que tinha ali me fez pensar na probabilidade de ser ela mesmo, só que quem iria imaginar que uma mulher... meus olhos voltaram para sua outra mão que baixou a calça minimamente revelando pouco do que eu presumir ser...

Me afastei devagar sentindo novamente o arrepio correr meu corpo.

-Como pode falar com tanta certeza pelas mensagens e agora não consegue me olhar?

Ela virou as costas se sentando novamente no sofá,acendeu mais um cigarro e cruzou as pernas.

-Eu posso esperar o tempo que quiser, estou aqui pelo dinheiro.—Ela estreitava os olhos por causa da fumaça.

Olhei o celular apertando na mão, sentindo o nevorsismo me dominar.

-Eu achei que perderia minha virgindade fácil.—Fechei os olhos suspirando.

Apesar de eu ter quase sussurrando, ela ouviu.

-Vc o que? Vc é virgem?—Ela levantou uma sobrancelha e tragou o cigarro olhando pra mim, senti meu rosto ruborizar.—Tem certeza que me escolheu pra isso? Deveria ter chamado outro, já percebeu que não é dos menores não é?

Engoli em seco e olhei para o celular com a tela apagada.

-Eu...

-Quer saber...vem aqui—Ela disse apagando a bituca no mesmo lugar que a outra, se jogou pra trás e bateu nas coxas.

Olhei pra suas mãos e voltei pra seus olhos.

Com as pernas trêmulas eu dei um passo, eu deveria fazer isso...

Mas estava sendo um desafio, eu iria aguentar...

Não é como se tudo fosse tão ruim assim, era só fazer aquilo que o resto tá resolvido.

Fechei os olhos e caminhei até ela que me parou segurando em minhas coxas.

-De olhos fechados não dá pra ver nada.—Ela tirou a mão de mim apontando pra o canto da mesinha que estava a centímetros da minha perna.—Vc é virgem.

Aquilo foi mais uma afirmação? engoli em seco.

-Tira.—Ela se jogou novamente no sofá e me olhou tediosa. Olhei sem entender.—O roupão.

Um arrepio correu meu corpo ao ouvir aquela ordem, talvez fosse medo.

Confirmei e comecei a abrir o laço devagar, quando finalmente abri, ela se inclinou e terminou de abrir.

Seus olhos correram meu corpo de baixo a cima, olhou meu rosto então seus olhos voltaram pra minha calcinha vermelha, vi ela passar a língua nos lábios.

-puta merda.



Contos eróticos 2_ Camren -NorminahOnde histórias criam vida. Descubra agora