2-A estranha sensação

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-Filha?—Ouvi mamãe falar e voltei minha atenção pra dentro, caminhei de volta até eles .— O que houve? A srt.Morgado já foi?

-É...—Falei confusa.—Parece que sim.

Olhei pra todos que esperavam ansiosos a continuação das palavras preciosas de meu pai, enquanto eu ainda olhava a porta.
Meus pensamentos voaram.

**
Joguei minha cabeça na fronha fofa e suspirei olhando o teto, estava estirada na minha cama, olhei para a janela a escuridão lá fora era visível, levantei aos poucos e quando me vi, já estava olhando para a casa vizinha, mesmo com as janelas fechadas eu ainda esperava ver algo.

Suspirei novamente voltando a me jogar na cama, o vestido de linho me encomodava, o espartilho mesmo frouxo me machucava.
Tirei aos poucos e resolvi tomar um banho.
A água fria me fez perceber que eu realmente precisava daquilo, sabemos que a água parada depois de dias é muito mais fria.

Depois de sair da aérea, me cobri com um roupão longo e Enxuguei meu corpo aos poucos, olhei pra janela, sentindo meu coração acelerar.
Minha mente era mais rápida, consegui pensar várias coisas muito antes de me abaixar e pegar debaixo da cama a revista.
Quando voltei a me sentar na cama, já com a revista aberta em mãos, na mesma imagem de sempre, digamos que era minha preferida, o rosto pálido da mulher suada, os olhos claros, os cabelos negros.

Levantei meus olhos lembrando da vizinha, não eram totalmente parecidas, mas quase que idênticas.

Tirei a única roupa que me cobria e segurei a revista em uma mão, com a outra deslizei para o meio de minhas pernas, um toque suave, meus olhos se fecharam esquecendo totalmente da revista, me deitei e continuei tendo em mente o rosto sorridente dela, seu queixo, seu pescoço...sua pele alva, imaginei seus seios o quão fartos eram naquele vestido, sua cintura fina e bem modelada, seu olhar sério.

Abri meus olhos rápido e deixei a revista, meu corpo suava, olhei pra porta, fechada como sempre, Suspirei e me cobri com o tecido novamente, levantei devagar e abri a cortina da janela, que dava vista da outra janela da casa vizinha, fiquei alguns segundo olhando, e quando ia me virar vi um movimento e as cortinas abrirem, me escondi um pouco e pude notar a mulher de antes, a luz acesa atrás de si deixava seu rosto imperceptível, não sabia se ela poderia estar olhando pra mim, apenas continuei ali, ela se dobrou e deixou as cortinas abertas.
Pude sair e olhar normalmente sua janela.
Quando de repente ela voltou e minhas mãos gelaram, seu corpo já estava sem o enorme vestido, somente o espartilho e uma n'agua grossa, se sentou em meu ponto de vista, a luz amarela fazia sua pele bronzear.
Tirou as luvas devagar, e logo os sapatos, usava pares de meias brancas, tirou devagar o suficiente que eu pudesse anotar cada movimento.

Sua pele branca foi aparecendo, esticou os braços para trás desmanchando o espartilho, e quando percebi já estava tirando, abaixou tirando a n'agua.
Seu rosto levantou e eu me escondi rapidamente, fechei os olhos me repreendendo por mexer na cortina, com alguns minutos eu pude respirar novamente e voltar a olhar, e parei petrificada ao ver totalmente sua nudes, ela passava algo na pele que chegava a brilhar, seu rosto levantou novamente e dessa vez meus pés não se moveram, ela olhou para mim, eu sabia que ela estava me olhando, afinal ficou segundos parada com a cabeça em minha direção, até que ela voltou a passar as mãos sobre o corpo, se virou de costas deslizando sua mão em seu pescoço, a pele reluzia brilhosa, senti um calafrio no estômago e meu corpo esquentar com aquela imagem.

Até que ela fechou as janelas com o tecido, fiquei ali parada alguns minutos até que me sentei na cama, abri meu roupão e fiquei alguns segundos me olhando, passei a mão sobre minha coxa, e engoli em seco lembrando de seu corpo.

Fechei os olhos e tampei o roupão, respirando fundo eu me deitei na cama, tentando não pensar no que acabei de imaginar.

Olhei pra meu quarto e relaxei meu corpo tentando dormir.

Contos eróticos 2_ Camren -NorminahOnde histórias criam vida. Descubra agora