1- coisas que nem tivemos

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Camila

Eu estava exausta da escola, queria folga, queria poder descansar.
A faculdade costuma ser puxada demais, eu só queria ir pra um hotel e relaxar.
Ficar longe da minha turma seria uma maravilha.

Resolvi pesquisar algo, sair seria ótimo.
Quando vi a notícia que iria abrir uma balada perto de casa eu fiquei curiosa, desde que comecei a estudar  eu não saí mais.
Sorri pensando em relaxar de outra forma, conseguir um cara ali seria ótimo.

Coloquei um vestido preto e alguns acessórios.
Passei uma maquiagem e passei o meu melhor perfume.

Calcei um salto e me olhei uma última vez no espelho.

Mal eu sabia que aquela noite seria uma noite inesquecível.

Cheguei na balada já procurando um alvo, eu era jovem e precisava de alguém pra me amassiar,nem que seja uma vez.
Olhei alguns rapazes que bebiam e conversavam, passei por algumas pessoas e cheguei no bar, as luzes coloridas junto com a fumaça que saía dali deixava tudo bem envolvente e quente.

Peguei uma dose e virei fazendo careta.

Sorri e percebi que aquilo era ótimo.
Virei mais uma 4 doses e fechei meus olhos respirando fundo, sentindo o álcool mexer com meu psicológico.

Sorri sem graça nenhuma, nem eu sabia porque estava rindo.

-Não devia beber tanto.—uma mulher disse Se aproximando, ela pegou uma dose e virou fazendo careta.
Eu sorri dela, porém pisquei algumas vezes tentando fitar em seus olhos, ela ficou parada, parecia duas dela, três na verdade.

-Uau...quem são vcs?—Eu disse sorrindo, fechei meus olhos, sentindo minha cabeça girar.

Me levantei rápido sentindo vontade de vomitar, olhei para as pessoas e passei rápido em direção ao banheiro, quando abri a porta tinham várias pessoas lá que se afastaram pra que eu pudesse vomitar, ouvi alguns caçoando, porém eu nem liguei, fechei meus olhos com força, vomitando.

Senti alguém tocar meus cabelos e segurar, assim que eu parei vi lenços na frente de meu rosto, a mesma mulher de antes estava os segurando.
Peguei e limpei meus lábios, ainda estava me sentindo tonta.

Senti suas mãos me segurar firme, então fui até a pia e lavei o rosto, joguei água na boca sentindo um alívio daquele gosto ruim.
Levantei o rosto suspirando.
Sorri sentindo o álcool voltar a me dominar,me virei pra ela que se olhava no espelho.

-Obrigado, agora consigo beber mais algumas.

-Vc não é muito nova pra beber?—Ela parou me olhando.

-Nova?—Olhei pra algumas pessoas e de volta pra ela.—vc tá sozinha?

-Vc deveria ir pra casa.—Ela deu a volta saindo dali.

Juntei as sobrancelhas sem entender, saí do banheiro e voltei pra o bar, pedi mais algumas doses, comecei a virar todas me esquecendo de alguns minutos atrás, onde eu estava vomitando céus.

Bebi bastante até que virei encontrando aquela mulher novamente, ela estava parada encostada em uma parede,conversava com um rapaz enquanto bebia.
Sorri sentindo tudo girar.

Caminhei até ela passando por algumas pessoas, quando enfim cheguei nela, vi seu olhar confuso.

-Oi gente.—Eu acenei sentindo meus olhos pesados, ela me olhou confusa.—Posso me juntar a  vcs?

Eu sabia que estava saindo tudo embolado.

-Não..  vc deveria ir pra casa.—Ela levou o copo até a boca,mas não deu tempo, eu tomei dela bebendo de uma vez.

-Ela veio contigo?—Ouvi uma voz feminina e logo a mulher a minha frente negar.

-Acho que ela deveria ir embora também, ela tem companhia?—Um homem se aproximou tocando minha cintura.

-Com certeza está sozinha.—Fechei meus olhos, estava tentando mantê-los abertos.

-Não precisa dar uma de "machão "—Senti a mão do homem sair de mim.—Garota, vem.

Abri meus olhos sentindo a mão da mulher me segurar, seguimos pra fora dali, o silêncio da rua fez minha cabeça parar de doer.

-Vou chamar um taxi.—Abri meus olhos e vi ela acenando, olhei pra seu rosto e sorri, desde que comecei a beber era só isso que eu fazia.

Um carro parou e quando estávamos nos aproximando dele, ela me puxou de volta.

-Que droga...não existe mais homem confiável?–Ouvi ela suspirar.—Não acredito.

Senti ela me puxando novamente, e ouvi uma porta se abrir e eu sentar, senti o cheiro de carro... sorri abrindo meus olhos, vi a mulher entrar no carro e bater a porta forte.

Fechei meus olhos alguns segundos, voltei a olhá-la.

-Onde mora?—Ouvi sua voz, engoli sentindo o gosto amargo na boca.—Não vai vomitar no meu carro, por favor..

Sorri olhando para as luzes dos postes que passavam, tentei abrir a porta mas ouvi travar.

-Onde vc mora?—Ela disse mais firme, olhei pra ela que dirigia olhando pra frente.—Não vai me dizer? Eu preciso saber.

-Não sei...—Gargalhei, eu havia esquecido completamente.

Ela suspirou fechando os olhos alguns segundos.

-E agora?—Me olhou, as luzes passavam dando lugar aos olhos claros, ela colocou o braço na porta e sustentou a cabeça suspirando.—Tem um celular?—Segurou o volante e com a outra mão estendeu pra mim.

Olhei pra janela ignorando completamente o que ela dizia, não estava conseguindo raciocinar.

-Certo...—Ouvi mais uma vez seu suspiro.—Eu não deveria beber tanto hoje não é? Vc tem razão...que bom que apareceu, só assim pra eu me tocar.

Olhei pra ela sem entender.

-Não se lembra mesmo do seu endereço?—Ela me disse sugestiva, sorri pra ela que suspirou segurando o volante firme.—Ok...vamos ficar rodando a noite toda se precisar... não é como se eu não precisasse trabalhar amanhã .

Sorri, encostando minha cabeça na janela.

-Não dorme não...—Ah eu não lembro de ter dormido.

Será?







Contos eróticos 2_ Camren -NorminahOnde histórias criam vida. Descubra agora