Tsukuyomi Infinito

Madara Uchiha

Mais um dia se passa, não ouço gritos, ou o som metálico de espadas, nem mesmo choros ou gemidos de lamúria. Estamos em paz, pela primeira vez em milênios. Estamos em paz! Depois de perder pessoas que amamos, depois de todo o medo e apreensão, depois de tanto sofrimento.

Tantas cicatrizes que marcam meu corpo e minha alma, tanto sangue derramado, tantas inseguranças e ansiedades... Agora, o único sentimento que se apossa de mim, é a vontade de fazer Konoha crescer e o clã Uchiha evoluir ainda mais. É por esse motivo que trabalho tanto, que luto para o meu clã ser aceito.

Assim como Izuna gostaria, tenho cuidado do clã com o objetivo de fazê-lo progredir sempre, passando por cima das dificuldades e enfrentando dragões todos os dias, tudo para que o clã possa rumar sempre ao topo.

Mesmo sabendo que Izuna jamais aceitaria essa paz vinda de um tratado com os Senju, adoraria tê-lo por perto, para desfrutarmos juntos de toda harmonia que há hoje. Se bem que nunca haveria harmonia em um local onde se encontram Uchiha Izuna e Senju Tobirama. Mas se eu e Hashirama demos um jeito, eles teriam de dar também.

Desde que saímos dos campos de batalha, minha vida tem sido dentro de um escritório. Saindo apenas para resolver problemas que não posso solucionar aqui ou mandar qualquer outro ninja. As vezes, quando sinto tédio, automaticamente me repreendo, pois melhor assim do que vivendo nas incertezas das guerras.

O distrito está cheio, com a vinda de tantos membros as casas antes vazias estão todas ocupadas. E na minha mão, está a planta de mais algumas que serão construídas. Avalio a qualidade das casas, os cômodos e o espaço, se eu perceber que é uma casa confortável e boa para os futuros moradores, eu nem sequer hesito em assinar.

Ouço batidas na porta que me tiram da avalição. Permito a entrada, pelo chakra é Kasuki, um dos meus conselheiros. Trazia em seus braços alguns pergaminhos.

Kasuki: Madara-sama, bom dia. - com falsa simpatia.

Madara: Bom dia. O que quer? - sem levantar o olhar.

Kasuki: Temos algo á conversar e preciso gastar o seu precioso tempo - um leve tom de deboche em sua voz fez meu sangue ferver.

Nessa altura, pensei que viveria tranquilamente, sem a preocupação de algo ruim acontecer comigo ou com meu clã. Mas estava enganado. Pessoas como Kasuki, que eram extremamente fiéis aos ideais do meu pai, ainda não aceitaram o tratado de paz. É preciso se atentar o dobro com pessoas assim.

Madara: Seja breve. - suspiro me recostando na cadeira e o olhando nos olhos.

Kasuki: Lamento, mas sobre o que tenho a dizer, não conseguirei ser breve.

Madara: Fala logo. - perdendo a paciência. Kasuki se aproximou e sentou-se na cadeira diante de minha mesa.

Kasuki: Bom, indo direto ao ponto. Dentro de dois dias, uma garota membro do clã Uchiha, retornará de uma missão que durou cerca de 6 anos. Deve preparar o local em que ela irá morar.

Madara: Como quer que eu prepare algo se nem sequer temos casas disponíveis? Por que não me avisou antes? - mais essa agora!

Kasuki: Ela não terá uma casa qualquer. Essa garota é elite, uma das únicas mulheres a servirem ao seu pai. Aqui está, esta é a planta da casa que o seu pai mandou projetar especialmente pra ela. - me entregando um pergaminho.