CASTRO.
Hoje subiu carregamento no morro e eu tive que tomar frente das porra toda, só que o arrombado do Mendes não avisou que eu tava no comando dos bagulho e os cara ficaram escaldado né, sorte que eu conhecia um deles. Eu sou bem na minha, então só quem é mais chegado me conhece, eu prefiro assim.
Mas o que eu não estressei cedo, eu tô me estressando agora, a naju tá linda pra caralho e tava toda de gracinha pra cima da Torres na cara dura. Ódio.
Não vou falar nem nada porque na minha vez ninguém avisou.
Fiquei trocando um lero com o pessoal, com eles me gastando pra caralho e Torres chegou depois, os garotos começaram a gastar ela também, ela só me olhou de relance e eu desviei.
TAMIRES: Aí, vocês viram o choquei do vidigal postou? - ela riu.
CASTRO: Nem sigo essa porra, acho feião esse bagulho aí.
TH: Qual é a fofoca da vez? - ela virou o celular e mostrou um poste da laila quase engolindo a 71. Geral olhou pro Vh e começamos a rir.
CASTRO: O papai noel e suas renas - olhei pro Th e o Vh.
VH: Qual foi pô, a gente não namorava não - deu de ombros putão.
TORRES: Para que tu tava todo bestão por ela, jurando que ela seria diferente com você.
TH: Feião vocês zoarem o muleke por isso tá - a gente olhou pro Th com uma sobrancelha levantada — O muleke só não quer ser um animal indefeso pô - geral caiu na gargalhada
VH: Vocês são um cão papo reto, vão tudo se fuder.
TAMIRES: A mulher tá 71 vai meter a porrada nelas duas quando ver isso, quer ver só? - bufei.
CASTRO: Se eu pegar vai as três tomar madeira, bagulho tilt ficar brigando na rua por homem ou mulher.
Ficamos gastando o Vh mó tempão, quando foi umas 00:00 a gente meteu o pé porque eu e a Torres temos plantão hoje E o Vh foi descansar porque amanhã é ele que vai ter plantão. Fui direto pro meu posto e a Torres chegou logo atrás.
TORRES: Coe castro, a gente pode trocar uma ideia?
CASTRO: Só falar pô.
TORRES: Tu tá tranquila com o lance da naju? - revirei os olhos.
CASTRO: Tô cara, ela não é nada minha não, relaxa pô - dei de ombros.
TORRES: Manda a real porra, bora - ela cruzou os braços.
CASTRO: Que real caralho? Já falei porra, eu e naju somos bagulho de adolescência, mó cota que a gente não se via, muito menos se falava. Tem nem como eu me importar com essa porra aí de vocês.
TORRES: Se tu diz - deu de ombros — Depois não quero ninguém chiando no meu ouvido não.
CASTRO: E eu lá sou panela de pressão pra chiar caralho - puxei um beck do bolso e sai de perto dela. Só essa porra pra me relaxar e fazer eu aguentar esse inferno. Acendi o beck e traguei.
O resto do plantão foi tranquilo, já estava cansada pra caralho e assim que vi o Vh já meti o pé pra casa. Tomei um banho gostosinho e logo apaguei assim que deitei na cama. Dormi por umas cinco horinhas e levantei pra ir pra boca resolver os bagulho lá e ver o desenrolar do baile. Tomo precisando de um dinheiro extra mesmo, o baile é bom demais pra isso.
Vesti uma bermuda preta e uma blusa do flamengo branca e preta, tomei meu banho de perfume, calcei meu Kenner e piei pra boca. Chegando lá eu separei o dinheiro das ongs e acionei os vapores de confiança pra ir entregar, fiz a conta de quanto dinheiro entrou e saiu pra ver se a conta batia. Fiquei um bom tempo fazer essas contas, assim que acabei fui falar com uns mano ver os bagulho pro baile, fui acabar tudo que eu tinha pra fazer na hora do almoço. Tava com mó preguiça de fazer comida então fui logo descendo pra tia Arlete, bater um rango lá mesmo e matar a saudades dela também, faz uns dias que eu não paro por lá.
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MINHA DONA É VOCÊ
Fanfiction📍 VIDIGAL, RJ Seis anos se passaram, e Ana Júlia retorna ao Morro do Vidigal com dois objetivos claros: concluir o curso de enfermagem e cuidar de sua mãe, Dona Arlete. O que ela não esperava era reencontrar um antigo amor da adolescência, que agor...