NAJU
[...]
alguns dias depois...Eu estou a ponto de coringa, sério, minha rotina entre curso, hospital, trabalho e aula prática está me matando, só boto o pé em casa pra tomar banho, tenho vivido de marmita até.
Hoje sai o resultado do exame completo, minha mãe acabou ficando no hospital todos esses dias por precaução, eu tô atolada de coisa pra fazer e tem rolado algo no morro porque a Castro também só bota a cara no hospital e some.
ás vezes eu trombo com ela em casa, ela e a Débora estão sempre de risinho.
São recém 12:00 dia e eu vim correndo em casa pra tomar um banho, hoje foi aula prática então saí mas cedo. Eu entro em casa e mais uma vez trombo com a Castro de novo, mas dessa vez ela está sozinha.
Continuo entrando em casa, ignorando ela alí e vou subindo a escada.
CASTRO: Boa tarde pra você também, sem educação - paro na escada e olho pra ela por cima do ombro - tem almoço pronto e coca no congelador, se enfeita rapidinho pra tu ter tempo de comer direito e a gente ir pro hospital - ela estava me esperando?
NAJU: Tu não manda em mim Castro e eu só não vou demorar porque eu quero ir pro hospital logo, não porque tu tá mandando.
CASTRO: Vou fingir que acredito - fala com um sorriso convencido.
NAJU: Vai se foder - subo as escadas pisando fundo.
Vou pro meu quarto e jogo minha mochila em qualquer canto, pego um short e um cropped no armário e vou pro banheiro, tomo um banho rapidinho, passo creme, perfume e deixo o cabelo solto mesmo, pego meu celular e minha carteira na mochila e desço.
CASTRO: Lá vem tu com esses pedaços de pano - olho de rabo de olho pra ela e vou pra cozinha, ela vem atrás.
NAJU: Será que tu pode me deixar em paz por um segundo e me deixar ter um almoço decente? - ela levanta a mão em rendição.
CASTRO: Não está mais aqui quem falou patroa - ela sorri e eu dou as costas pra ela, pegando o prato, boto comida e ela continua parada na cozinha.
NAJU: Tu parece assombração cara, puta que pariu, não descola um segundo - me viro e me sento na mesa.
CASTRO: Uma assombração muito gostosa, fala aí - ignoro o primeiro comentário dela e ela pega um prato também e bota comida nele - vai querer coca?
NAJU: Sim - ela bota o prato pronto na mesa, pega a coca na geladeira e dois copos no armário - tu não já almoçou não?
CASTRO: Não, só fiz - sorri de canto serrando os olhos pra ela.
NAJU: Tava me esperando pra comer é, bandidona? - ela passa a língua nos lábios sorrindo.
CASTRO: Bandeira branca mina, só pra comer e a gente meter o pé - ela bota a coca nos copos, me entrega um e se senta pra comer - como tá as paradas do curso? gostando? - engulo a comida
NAJU: Demais! tem tanta coisa interessante, óbvio que tem as partes chatas, mas até elas eu tô amando - acabo me empolgando, eu realmente amo quando perguntando sobre o curso - mês que vem as aulas práticas vão passar a ser duas vezes na semana e vamos atender nas favelas - como mais e bebo coca.
CASTRO: Quais? - ela come também.
NAJU: Ainda não sei - termino de comer e fico bebendo coca.
CASTRO: Depois me passa a visão - ela termina também e se levanta.
NAJU: Iih, te dou um braço e tu já tá querendo o corpo todo - ela ri.
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MINHA DONA É VOCÊ
Fanfikce📍 VIDIGAL, RJ Seis anos se passaram, e Ana Júlia retorna ao Morro do Vidigal com dois objetivos claros: concluir o curso de enfermagem e cuidar de sua mãe, Dona Arlete. O que ela não esperava era reencontrar um antigo amor da adolescência, que agor...