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Demorei a atualizar por motivos de: sou uma jovem senhora que ficou atolada de coisas pra fazer e sem criatividade pra escrever.

Mas agora cá estou eu trazendo alegria para o dia de vocês. É isso, boa leitura, um bj da aninha 💋

curtem e comentem!

NAJU

HORAS ANTES DO TIROTEIO

Ter discutido com a Castro me fez fechar a porra da noite com chave de ouro. Estávamos indo tão bem, eu queria tanto ter um momento especial com ela antes de soltar a bomba no colo dela, mas óbvio que nada saiu do jeito que eu queria e quem levou a bomba foi eu.

Não sei como me acertar com ela. Talvez eu só aproveite que ela já está puta comigo e conto tudo, pra ela pegar ódio da minha cara de uma vez só e doer menos em mim.

Olho a hora no relógio da minha parede e bufo, revirando os olhos. Despauso o vídeo aula e vou anotando tudo que acho mais importante.

Escuto três batidas na porta e meu coração se enche de esperanças, achando que é a Castro, mas mucho assim que a babá botar a cara na porta.

NAJU: Pode falar.

XXX: Vim dizer que a dona Arlete já tomou os remédios e está dormindo. O Arthur está dormindo também - assinto.

NAJU: Débora avisou que chega tarde hoje, mas pode ir que depois eu dou uma olhada nele.

XXX: Eu posso ficar com ele até ela chegar, não tem problema pra mim...

NAJU: Não precisa, já está tarde e eu posso olhar ele tranquilamente - ela suspira, confirmando com a cabeça.

XXX: Vou indo então, tenha uma boa noite - sorri e sai.

Fecho os meus livros e me levanto da cadeira, guiando pro quarto da minha mãe e depois vou no do Arthur. Assim que entro no quarto dele, ele me olha com os olhos arregalados.

NAJU: Tu não tava dormindo, menino? - falo sorrindo e o Arthur se remexe resmungando - que foi? tá com dor?

Pego ele no colo e nos dois nos assustamos com barulho de fogos, barulhos de tiros vêem logo em seguida e o Arthur começa a chorar. Tento acalmar ele, mas o mesmo só chora mais ainda e fica todo vermelho pelo choro.

Uma queimação se forma na minha garganta e sinto um aperto no peito. Vou pro quarto da minha mãe com ele no colo e ela manda nos abaixamos.

NAJU: Calma pequeno, calma - faço um somzinho com a boca e balanço-o ao mesmo tempo, tentando passar um pouco de tranquilidade pra ele.

Falho nessa tentativa e tudo que vem na minha cabeça é que se a Lavínia estivesse aqui, ele já teria se acalmado só de ver ela.

porra, a Castro!

Os tiros ficam mais altos e com menas pausas. O aperto no peito fica pior, parecendo que tem alguém rasgando ele e quando percebo, uma lágrima minha cai na bochecha do Arthur.

Limpo rapidamente do rosto dele e forço um sorriso, ainda tentando passar tranquilidade pra ele.

mesmo não me sentindo nem um pouco tranquila. Caralho.

MINHA DONA É VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora