NAJU.Eu estou tão puta, com uma raiva que não cabe dentro de mim. Eu acordei cheia de mensagem da Maria Luiza dizendo que o meu pai tinha achado uma foto minha na formatura beijando uma menina que eu ficava na época, como ele achou essa foto? eu não faço a mínima ideia. Eu fui pro curso mas era como se eu não estivesse ido porque eu só conseguia pensar na maldita conversa que o meu pai teria comigo. Por alguns segundos eu pensei que talvez não seria tão ruim assim, mas óbvio que eu estava errada e foi pior ainda.
Eu sabia como o meu pai era escroto, mas não tinha noção do quanto até eu ouvir todas as merdas que ele disse pra mim naquela ligação. Ele jogou muito baixo parando de pagar o meu curso, ele sempre soube o quanto isso é importante pra mim, parece que ele só estava esperando um deslize pra fazer isso, sabe? Mas ok, eu vou dar um jeito, vou deixar a minha mãe pagar só por enquanto. Vou caçar um emprego e vou investir nas tranças, é isso que eu vou fazer. Esse arrombado vai ver que eu não preciso dele pra porra nenhuma.
Sai do banho do banho e vesti só um short soltinho e um top porque tá bem calor, ouvi minha mãe me chamando pra comer e desci. Tinha esquecido que a Lavínia estava aqui, ela me olhou de cima a baixo e eu revirei os olhos. Me sentei já começando a me servi e fiquei só escutando a conversa das duas, minha mãe dando esporro na Lavínia por viver dirigindo e pilotando igual maluca e a ela desconversando e falando sobre a consulta medica que a minha mãe vai ter na terça. Eu comi quieta na minha, não estava com muita cabeça pra conversa, depois que acabei eu fui lavar a louça e subi pro meu quarto.
Peguei meu celular e mandei mensagem para as meninas, dizendo que precisava da ajuda delas pra divulgar o meu trabalho de trancista, fiquei conversando com elas por um bom tempo e fazendo planos pra organizar tudo, nem me dei conta da hora passando. Peguei umas fotos minhas de trança que eu fiz e usei no panfleto, postei em todas minhas redes sociais e as meninas também. Olhei no meu relógio e já marcava 00:30, puta que pariu. Como já tinha acabado as coisas, eu me despedi das meninas e fui ter o meu mais merecido descanso.
Acordei ouvindo meu celular vibrar pra caramba, olhei a hora, 9:00am, bufei e virei pro lado pra dormir de novo, ninguém merece acordar de manhã cedo em um sábado. Tratei de fechar o olho de novo, mas o celular continuava vibrando, peguei ele puta e olhei.
CARALHO PUTA QUE PARIU MEU DEUS
Levantei da cama rápido e corri pela casa caçando minha mãe.
NAJU: MÃE! OH MÃE - cacei ela na cozinha e não achei, fui pra varanda e vi ela pendurando roupa - MÃEM! - ela me olhou assutada.
ARLETE: Que foi filha? o que aconteceu? - ela ficou me olhando confusa e eu sorriso.
NAJU: As meninas outro dia me deram a ideia de eu trabalhar com tranças sabe? Aí com isso de meu pai eu me lembrei disso e pensei, bom, preciso de isso me ajude. Fiquei a tarde e a noite toda nisso organizando os bagulho tudo com ajuda das meninas e eu acordei hoje com um monte de mensagem de gente querendo marcar horario comigo! - disso euforica e virei o celular mostrando pra ela, tem MUITA mensagem de gente querendo marcar horário comigo.
ARLTE: Que notícia boa, minha filha! tô tão feliz por você - ela me abraçou e senti um um beijo na cabeça também- me diz, como vai ser isso aí?
NAJU: Então, por enquanto eu vou ter que atender as pessoas aqui em casa ou atender a domicilio - olhei apreensiva com medo dela não gostar dessa bagunça aqui em casa.
ARLETE: Tudo bem, quando for aqui em casa eu te ajudo, sei quanto é exaustivo fazer trança - sorri boba.
NAJU: Iremos conversar sobre isso ai da senhora ajudar viu... - falei e fui entrando pra dentro de novo, mandei print das notificações pra meninas e comecei a responder as pessoas. Por um segundo eu pensei em não atender ninguém hoje, mas tempo é dinheiro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
MINHA DONA É VOCÊ
Fiksi Penggemar📍 VIDIGAL, RJ Seis anos se passaram, e Ana Júlia retorna ao Morro do Vidigal com dois objetivos claros: concluir o curso de enfermagem e cuidar de sua mãe, Dona Arlete. O que ela não esperava era reencontrar um antigo amor da adolescência, que agor...