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CASTRO

FLASHBACK ON
       (10 anos atrás)

CASTRO: Ana? - olhei pra naju que estava deitada no meu colo vendo tv.

NAJU: Oi paixão - ela me olhou e eu respirei fundo tentando tomar coragem.

CASTRO: Por que você me chama de paixão? - ela mordeu o lábio fazendo um cara de pensativa.

NAJU: Quando eu era mais novinha, minha mãe chamava meu pai assim e eu perguntei pra ela o que era paixão, ai ela me disse que é um sentimento muito forte, tão forte que faz você ficar com o coração animado e feliz, ela disse que eu poderia sentir isso por algo ou alguém, se fosse algo eu iria querer muito esse algo, se fosse alguém eu iria querer muito esse alguém por perto, o tempo todo... quando você vinha falar comigo nos primeiros dia que a minha mãe veio tralhar aqui, eu percebi que me sentia assim com você - fiquei olhando pra ela quieta - você não gosta? - sorri e fiz carinho no rosto dela.

CASTRO: Gosto, claro que gosto - ela sorriu - eu me sinto assim com você também.

FLASHBACK OF

Respirei fundo, balançando a cabeça e expulsando as malditas memorias. Vê a naju puta me alegrou confesso, eu sempre gostei de deixar ela estressada porque é engraçado e fofo ela irritada, quando ela me entregou o celular pra salvar o meu número, eu fui no automático, salvei só ela se irritar mais ainda e também por ela ter batido a portão do meu carro, arrombada.

CASTRO: Visão Vh, termina de ver as parada ai pro baile mais tarde, qualquer coisa é só acionar no radinho - ele resmungo - chama o vagabundo do Th pra resolver essa parada ai contigo também - peguei minha arma, deixando na cintura e peguei o meu celular.

VH: Me dando trabalho de vapor, Castro? bota esses filha da puta pra trabalhar.

CASTRO: Já tô botando dois filhos da puta trabalhar, você e o Th - saí dali e fui pro carro. Liguei e acelerei.

Cheguei rapidinho lá e avisei pra doidona que já estava aqui fora, não demorou muito e eu vi ela saindo de dentro da casa da mina e entrou no carro batendo a porra da porta de novo. Ela não disse nada, muito menos se deu o trabalho de me olhar, só botou a bolsa no banco de trás e fico mexendo no celular. Eu não disse nada também, se ela não vai falar, eu também não vou, liguei o carro de novo e parti casa dela.

Estacionei em frente ao portão dela e ela continuou calada, só pegou a bolsa e saiu batendo a porta do carro. Marrentona essa garota cara, não dá aguentar não. Vi ela entrando e saí dali, voltei pra boca e quando entrei na minha sala a Tamires estava lá.

TAMIRES: Finalmente, tô maior tempão te esperando aqui - ela se levantou da cadeira.

CASTRO: Passa a visão mandada - me encostei na mesa.

TAMIRES: Tu sabe do meu pai? ele não me responde.

CASTRO: Ele foi cumprimir uma meta aí lá no morro do sinistro, ele tá me deixando no escuro também - ela suspiro.

TAMIRES: Odeio quando ele faz isso, já faz o que? sete dias? eu tô ficando preocupada, cara - eu também estava estranhando essa falta de contato do Mendes, mas não vou dizer nada pra não preocupar mais a mina.

CASTRO: Relaxa, teu pai sabe se cuidar - puxei ela pelo braço e abracei ela - hoje vai ter baile pô, vai ficar mec, aproveita que teu pai não tá pra tu encher a cara e passar o rodo nesse baile todo - ela riu fraco.

MINHA DONA É VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora