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Filipe Ret

O morro poderia tá um caos, porém a Lorena sempre tinha algum jeito de aclamar meu eu de guerra, ela era a paz mundial que eu precisava.

A mina é responsável pra caralho, rala pra ter a sua condição de vida e sem contar que não desfaz de ninguém. Saio do meu transe com Orochi berrando no meu ouvido.

— Qualé caralho, grita no ouvido da tua mulher –  encaro ele.

Orochi: Cara tu tá secando a Lore já tem uns 30 minutos sem piscar e ela até percebeu essa sua cara de maluco pra ela.

— Que tô o que tio, tá louco?

Orochi: Engano é aquele que pensa contra si mesmo.

Peço uma latinha de cerveja e sento novamente vendo os pivete jogando futebol, olho para o lado vendo Lorena vim ao meu encontro.

Lorena: aí Ret – Olho pra ela — Lara tá brigando com o Flávio por alguma coisa de menina, posso ficar aqui contigo na moral mermo?

— Fica na paz – encaro ela que sorri como agradecimento — Como tá a vida?

Ele me encara surpresa sem saber como sustentar aquela conversa repentina, pô posso fazer nada se tô com curiosidade.

Lorena: Só na correria correndo atrás do meu, trampo e estudo – suspira pegando a latinha da minha mão e virando — E como tá a sua? sei que não gosta que se entrem na sua vida assim, porém custa nada perguntar.

— Tá tranquila eu acho, o morro tá bem saca? isso aqui é minha vida se o resto tá bem ou não que se foda.

Lorena: Ficou sabendo que o Orochi programou um pagode pra amanhã a tarde né?

— Que mané pagode o que, o cara só tem uma obrigação que é trabalhar e mesmo assim marca compromisso sem saber se tá escalado, mano tilt.

Ela sorri, me entrega a latinha de cerveja praticamente vazia e me encara novamente.

Lorena: Você tem que parar de me secar e achar que eu não tô vendo – Fala baixinho — Obrigada pela companhia Ret.

Morena filha de uma puta, saio da quadra indo atrás dela arrastando ela pra um beco, vejo a cara dela de assustada.

Lorena: Quer me matar vacilão, porra que susto!

— Eu tava te secando mermo, queria ter você entre quatro paredes falando meu nome, porém você é difícil de mais Lorena.

Lorena: Eu não sou assim ret, nunca fui desse tipo de pessoa que fica dando pra bandido.

— Bandido? posso ser sim Lorena, só que não tô te obrigando a nada.

Lorena: Mesmo se tivesse ret, meu não pra você vai ser pra vida toda.

— Um beijo, dois beijos ou até mesmo uma semana de foda eu consigo em qualquer lugar aqui Lorena – encaro que me olha atenta — Você não é de ouro nem nada do tipo pra ser única.

Lorena: Muito pelo contrário Ret eu sou única, o único que é igual aqui e você já que não passa de um bandido qualquer.

Acerto minha mão no seu rosto fazendo um barulho alto vendo ela olhar com os olhos cheios de lágrimas.

— Me respeita Lorena, não fiz mais em respeito ao meu irmão gostar de você!

Sinto um chute certeiro no meio das minhas pernas e me ajoelho no chão sentindo a dor cada vez mais forte se depositar.

Lorena: Não Ret, me respeita você! seu moleque.

Filha de uma puta, desgraçada! Digo me remoendo de dor encostado na parede, tudo que vai volta Lorena. O seu vai voltar muito pior que hoje, piranha.

𝐀 𝐦𝐞𝐮 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 - 𝐅𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora