Lorena
A noite estava calma no morro, os trabalhador tudo deve tá fechando agora. Eu passei o dia todo na rua pra finalmente chegar em casa e achar que ia ter um descanso só que foi a conta de deitar na cama que os tiros começaram.
Tive que pular do quarto e me trancar no banheiro com meu celular e um sonho, a sensação de passar por isso sozinha e horrível só que não deu nem tempo pra invasão começar direito e Lara já me ligar.
- Tá tudo bem? você tá trancada? - minha amiga chorava do outro lado da linha.
- Eu tô bem meu amor, tá tudo bem.
Lara foi passar uns dias na casa da sua avó materna em São Paulo e a essa altura a invasão já passava na televisão. Minha melhor amiga chorava do outro lado da linha, ela odeia isso.
- Calma Lara, eu tô bem.
Na real eu tô morrendo de medo, eu não gosto de passar por isso sozinha eu tenho puta medo de tomar uma bala perdida e nunca mais voltar. Os tiros pareciam está literalmente na minha porta, que porra.
- Amiga, os tiros estão ficando altos na ligação, porra Lorena, tão perto de você!
Eu me segurava em lágrimas, eu não podia chorar isso só ia apavorar a loira do outro lado. Foi questão de segundos pra poder se escutar a porta de frente sendo chutada e pessoas rondando cada parte da minha casa, eu tava quieta e séria apenas momentos ou segundos para a porta do banheiro ser aberta, ou melhor chutada.
- Patrão, achei ela.
Um cara com o rosto tampado dando visão somente para seus olhos descobertos me puxa com força fazendo minha mente voltar ao lugar, eu ia morrer.
- Amiga pelo amor de Deus, quem é esse? - eu podia ouvir seus gritos mesmo com o celular longe - me responde.
Era tarde demais até pra pensar em falar alguma coisa, ele tinha pisado no meu celular, porra.
- Bora caralho anda - outro cara apareceu na porta - ela é bonita pessoalmente.
Em seguida seus gestos foram brutos, a traseira da sua arma foi de encontro com a minha cara.
Tento acostumar minha visão com o pouco de claridade que tem, o cheiro de algo podre me fazia querer vomitar, é possível ver algo se mexer ou escutar barulho de ratos por várias partes.
- Bora caralho - sinto minha cara queimar, um tapa foi dado - levanta a cabeça.
Levanto meu olhar até o cara que tinha acabado de me bater, caralho, era só me matar.
- O que você quer de mim?
Agora era possível ver sua feição, cabelo roxo, tatuagens que cobrem boa parte de seu rosto e seus olhos são pretos com uma mistura de vermelho, provável que seja o uso de drogas, parado em um canto da sala com uma faca na mão.
- De você, nada - analisa o objeto - Agora daquele seu namorado, tudo.
- Olha moço - eu ria de nervoso - Eu acho que você pegou a garota errada então, eu nem tenho namorado.
Foi sua vez de rir da minha cara e se aproximar de mim apontando o objeto que com toda certeza poderia fazer um estrago em mim se bem usada.
- Não tô pra brincadeirinha de criança de maternal - sinto meu rosto arder, um corte - você é a puta da fiel do ret.
Tô sem palavras, eu tinha acabado de me fuder por causa do filho da puta do ret.
- Com todo respeito senhor, eu tô dizendo a verdade - sua faca agora estava no meu pescoço - eu só fiquei com ele, não passo disso.
A sinceridade me fazia parecer uma qualquer a vista de qualquer um que escutasse essa fala, porém era a verdade, uma qualquer na vista de um traficante.
- Se fosse uma qualquer não teria a casa vigiada - passava a mão no meu cabelo - Sabemos que você tem alguma utilidade, e com você eu vou conseguir o morro pra mim.
- Senhor, eu tô te falando que eu não tenho nada a ver com essa baboseira de ideia de vocês.
Então um tapa estralado foi dado em meu rosto fazendo eu sentir um leve gosto metálico, outro tapa foi dado do outro lado e agora sim eu conseguia realmente sentir o gosto do sangue. Sou puxada para uma cadeira que tinha ali e logo ele puxa meus braços os prendendo atrás da cadeira com algemas.
- Como eu disse, não estou brincando.
Sua faca agora não fazia mais pressão no meu pescoço, ela brincava na minha barriga fazendo cortes que me faziam me contorcer de dor e chorar cada vez mais com as atitudes do estranho de cabelo roxo, porra, isso tudo por causa de um morro.
- Vou deixar meus homens descansaram com você aqui, afinal não é sempre que temos uma presença ilustre de uma mulher tão bonita - passa a faca agora com sangue em meu cabelo.
E assim ele sai da sala, foi questão de segundos para entrar dois homens com os rostos tampados, a medida da proximidade deles suas roupas eram deixadas no chão e eu já chorava litros, não pode ser isso.
- Eu tô implorando, não façam isso comigo.
Minha roupa agora está rasgada, nem minha calcinha estava cobrindo minhas partes íntimas. Os dois estavam se masturbando bem na minha frente, um com seu pau esfregando na minha cara e outro só olhava aquilo e ria de prazer, foram questões de minutos para eles me tirarem da cadeira ainda algemada e me colocarem no colchão de quatro.
Eu podia chorar, podia gritar ou até mesmo espernear, eu não conseguia tirar o pau que estava dentro de mim, que sentia prazer em me ver chorar me ver gritar e mesmo assim continuava fazendo força, eu podia sentir minha vagina sangrar e pra ele aquilo era ato de vitória.
E a minha consciência só voltou para o lugar quando o segundo cara jogava a camisinha na minha cara depois de me colocar novamente na cadeira, eu fui estrupada.
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𝐀 𝐦𝐞𝐮 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 - 𝐅𝐑
Fanfiction📍𝑹𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝑱𝒂𝒏𝒆𝒊𝒓𝒐, 𝑭𝒂𝒗𝒆𝒍𝒂 𝒅𝒂 𝑷𝒆𝒏𝒉𝒂. Vim do futuro, vai tudo fluir Gata tu não sabe mais já te comi No ouvido eu falo tudo que ela quer ouvir Calcinha pro lado, nada sai daqui...