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Filipe

Lorena tá dançado a sei lá quanto tempo, só tô de cantinho olhando pra ver se nenhum comédia vai encostar na mina. Pô te falar que tô doido nessa mina é nem sei como essa parada toda aconteceu.

As retardadas deram de louca de sair na rua dando grau que ninguém aqui sonhava que elas ao menos sabia andar de moto, mó coisa de homem.

— Orochi, tu é frango em viado – peixe ria da cara do mano — Gritando igual moça, segura uma arma e mata cú azul agora a mina puxa um grau e ele quase caga.

— Espera a sua puxar grau pra tu ver irmão – pega o cigarro e ascende — mulher tem que andar de carro mesmo, se bem que até de carro é perigoso.

— Papo bem dado em mano, mulher pilotando ou no volante é perigo constante – concordo com ele.

Marolava legal que nem vi mais pra onde Lorena tinha se enfiado de tão louco de droga que eu tô. Escutamos uma gritaria e geral levanta pra ver o que tava acontecendo.

— Larga ela seu otario, ela é casada!

Escutamos a voz da mulher do Flávio de longe e o mano já saiu correndo, caminho na paz que ainda me tem, encaro a situação até ver Lorena saindo aos tapas com um vapor do peixe que aponta a arma pra ela com a mão no gatilho.

— Calmo parceiro, tá chapado porra!? – empurro ele é aponto a arma.

— Essa vagabunda começou a me agredir e me negou uma foda bem dada.

— Tá chapando truta!? – Peixe empurra ele com força — Qual foi de chamar a mulher do mano de vagabunda?

— Tu tem sorte que eu fumei muita maconha e nem sei o que tá rolando irmão, se eu te ver aqui de novo perto da minha mulher eu melhoro rapidinho.

Atiro perto da sua mão que tá aberta no chão e a arma jogada no canto, pô o cara acha que vai ficar de encosta na minha mina, perdi até o clima dessa porra.

— Vamo embora Lorena – puxo ela que sai tombando de um lado pro outro.

— Calma porra, tá puxando forte – Solta minha mão e vejo o vermelho no pulso — isso tudo por uma situação que tava no meu controle.

— Seu controle parça? tá maluca né caralho, o cara tava com uma arma apontada na sua cabeça, abaixa a bola Lorena.

Ela suspira e fica em silêncio por um tempo, bato a mão nos bolsos pra caçar a chave da minha moto e lembro que tá na mesa.

— Fica aqui, não sai.

Entro na casa de novo e Peixe vem junto com Renata, a mulher segurava um capacete na mão e minha chave e logo estende pra mim.

— E pra mina, sei que tu tá só com o teu irmão – Peixe faz o comprimento comigo.

— Desculpa por isso Ret, peça desculpas a Lorena por mim, diga que espero vê-la novamente.

— Fé pra vocês.

Saio da casa deles e jogo o capacete pra Lorena que quase deixa cair no chão, sei nem quem tá pior. Subo na moto e espero ela fazer o mesmo, o peso da mina quase que nem sente.

— Segura, vou ter que ir rápido pra resolver uns bagulho.

— Se eu morrer Ret, eu juro que vou ficar muito puta.

Ela segura na minha cintura e eu acelero a moto até sair finalmente do morro. Ao chegar na Penha os cara nem se importaram eu barrar já que de longe eles conhece o chefe de tudo isso.

Paro em frente a casa dela, Lorena sai da moto e me entrega o capacete.

— Obrigada pelo que fez hoje, querendo ou não foi significativo.

Finalmente pela primeira vez eu escutei essa mulher agradecer por alguma coisa que veio da minha parte.

— Tranquilo morena, toma cuidado.

Acelero a moto sem olhar pra trás, essa mina tem uma coisa esquisita nela não sei falar o que só sei que ela tem uma coisa única que faz qualquer vagabundo querer ser domado por essa mulher.

( amanhã faço outro grande para vocês, mil perdões se tiver erros, vou corrigi-los agora)

𝐀 𝐦𝐞𝐮 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫 - 𝐅𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora