Capítulo 7

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⏳⏳ (16 Dezesseis anos antes)

⏳⏳ (16 Dezesseis anos antes)

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(Idade: 8 anos)

Meu pai morreu mesmo e ele tinha conversado com meu padrinho e não quis fazer aquela coisa de ficar dentro da caixa e ser colocado debaixo da terra. Ele não quis nada dessas coisas, mas agora ela fica em um potinho em um lugar onde podemos ir visitar. Eu fui lá com meu padrinho antes de vir para casa da Finlândia.

Eu nem sabia que a Geórgia tinha uma irmã. Acho que os pais delas gostavam de geografia, porque fiquei sabendo que elas tem dois irmãos o mais velho é o Paquistão e outro chama Chile. Enfim, meu padrinho me pediu para ficar na casa da Finlândia até ele conseguir a família nova que eu pedi para ele.
O que eu queria mesmo poder ficar com os adultos que eu conheço, mas no dia que descobri que meu pai estava doente, eu vi na internet que só podemos ficar com parentes ou com famílias que adotam crianças que não tem mais pai, nem mãe.

Aqui na casa da Finlândia é engraçado e estranho ao mesmo tempo. Tem tantas crianças que eu ainda não decorei o nome de todas, mas pelo que eu soube, aqui é só uma casa onde esperamos as nossas novas famílias virem nos buscas. Só que quando eu pedi uma família nova, eu não sabia que essa família poderia ser da Suíça. Eu ouvi o Feijão falando com Pastor, acho que eles devem ter ouvido isso do meu padrinho.

Eu tenho que avisar que eu não quero ir para a Suíça, mas eu estou com medo que eles me achem ingrata. Eu só falei com Anton sobre isso, e ele disse que não ia deixar eles me levarem. Quando o ele diz algo, eu acredito, porque o Anton nunca mentiu para mim, e também porque ele me fez uma promessa, e promessas são coisas sérias que não podem ser quebradas.

Finlândia: não era pra você estar acordada, mocinha.

Ainda não sei o motivo dela e da irmã dela me darem esses apelidos ridículos e sem personalidade. Essas mulheres são tão sem criatividade. Ela ajeita meu cobertor e passa a mão no meu cabelo.

Finlândia: vai dormir. Amanhã bem cedinho seus novos pais vão vir te buscar.

Eu bufo.

Finlândia: ouvi dizer que eles são lindos.

"Pelo menos isso."

Ela ri e nega.

Finlândia: boa noite, mocinha.

(...)

Quando acordo na manhã seguinte, minhas coisas já não estão mais no quarto e não foi eu. Ao lado da cama eu vejo um bilhete no abajur. "Toma um banho antes de descer, mocinha." Eu reviro os olhos mas pego a roupa que está separada para mim ao lado do abajur e vou para o banheiro, que fica no final do corredor. Acho que acordei mais tarde que todos os outros, já que a gritaria no andar de baixo tá bem animada.

Quando termino meu banho, eu escovo os meus dentes e me visto. Saio do banheiro e volto para o quarto pra usar a escova de cabelo. Assim que pego, vejo que tem outro bilhete de Finlândia. "Seus pais chegaram cedo e estão te esperando a tempos, então agiliza." Que saco! Por que ela não me falou isso antes? Eu teria descido com o cabelo bagunçado, os olhos cheios de remela e a boca com bafo, para eles não me levarem para Suíça.

O mafioso da silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora