Capítulo 25

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⏳⏳ (Atualmente)

(Idade: 24 anos)

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(Idade: 24 anos)

Quando dissemos que iríamos cada um para sua própria ala, meu pai rapidamente interveio e conversou com a vovó e o vovô, então agora estamos os três nos antigos quartos dos nossos tios. Eu estou no antigo quarto do Tio Nikolai, Vlad está no do tio Kirill e Leonid no do tio Yvan. Dessa forma o quarto dos dois fica lado a lado, o meu fica do lado do da Tia Aninha, que já foi o do meu pai.

Algumas funcionárias nos ajudaram a colocar tudo no lugar, e se não fosse pela vista da janela eu nem perceberia a diferença de um quarto para o outro, então realmente me sinto em casa, quase como se nada tivesse acontecido. Porém, de forma alguma eu não consigo esquecer as palavras e os atos da minha mãe. Dói pensar que talvez eu não seja para ela o filho que pensei ser, sempre achei que dos três, eu fosse o bonzinho, o que não causa problemas, mas agora eu não sei de mais nada.

Quanto mais penso nisso, mas eu sinto que deixei passar muitas coisas. Minha mãe realmente teve algumas mudanças de hábitos no último ano. Ela sempre foi animada e amou festas, mas recentemente tem estado mais tranquila com relação as festividades, mas talvez seja por ela estar ficando mais velha. Ela também parou de fazer compras absurdas e constantes, ela mal sai de casa, muito menos para comprar. Ela sempre teve uma personalidade mais leve e livre, porém agora ela é séria e rígida.

Ela nunca tinha agido dessa forma comigo ou com nenhuma outra pessoa antes, então eu realmente fiquei muito surpreso. Minha mãe sempre foi amorosa e carinhosa, também era contra pais que batem em filhos, mas de repente tudo parece ter virado de cabeça para baixo. É verdade que ela sempre foi ciumenta, sempre falando sobre esganar qualquer um/uma que namorasse um dos seus meninos, mas sempre achei que ela dizia isso em tom de brincadeira, porém agora tenho minhas dúvidas.

Ela sempre foi a pessoa de hoje ou está acontecendo com ela? Nada nesse mundo explicaria a forma como minha mãe me tratou e dificilmente curaria a dor em meu peito, mas eu gostaria de entender. Ouço batidas na porta que interrompem meus devaneios. Deve ser a vovó, ela disse que viria conferir tudo mais tarde.

Anton: entra.

A porta se abre lentamente, revelando a Silêncio, eu me levanto em um pulo e vou até ela, nem deixando ela dar um passo para dentro.

Anton: o que você está fazendo aqui? Seus pais vão me matar.

Ela sorri e eu a abraço apertado, sentindo-me aliviado por ver ela. A Silêncio tem esse efeito em mim, ela consegue acalmar qualquer tempestade no meu peito. Eu fecho os olhos e inspiro profundamente, sentindo o cheiro gostoso que vem dela. Minha namorada me abraça apertado enquanto enfia o rosto no meu pescoço. Sem que eu consiga conter, as lágrimas que venho guardando desde o dia que ela levou o tiro e também por conta de tudo que aconteceu entre eu e minha mãe, molham meu rosto.

O meu choro é uma mistura de alívio, saudade, desespero e desabafo. Eu estou uma completa bagunça enquanto aperto ela em meus braços. Não ligo se os outros estão escutando, não ligo para o que vão pensar de mim por chorará assim. Eu não preciso ser forte agora e nem quero, eu apenas quero ser eu. Escuto algumas portas abrindo e passos, então definitivamente eles iram nos ver, mas eu realmente não me importo.

O mafioso da silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora