Capítulo 2 (Mikhail Petrov)

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⏳⏳ (20 vinte anos antes)

------ POV: MIKHAIL PETROV-----

------ POV: MIKHAIL PETROV-----

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(No dia seguinte)

Ir até a escola do meu filho é sempre gratificante, mas hoje estou indo para pedir que eles mudem a porcaria das instalações, já que não tem nem sequer uma área onde as crianças possam brincar enquanto estão no intervalo. Nem parece que eles receberam todo o investimento que eu fiz.

Respiro fundo e passo a mão no meu rosto. Se a porra da Paola Pavlova tiver colocado esse dinheiro no bolso, eu vou ter que tomar providências e eu não quero ter que degolar a velha filha da puta e gananciosa. Vou confiar que ela apenas não começou as mudanças ainda, não vou sofrer por antecedência.

Eu enfio minha mão no paletó e toco no caderninho. Por alguma razão, desde que coloquei o objeto dentro do bolso interno do meu paletó, ele parece pesar mais a cada segundo. Minha mão coça para ler o que está escrito ali, eu poderia encontrar algo substancial, já que a família de cada criança ali está envolvida na mafia de alguma forma.

Eu tomo a decisão de invadir das conversas de uma garotinha que não fala. Eu sei quem ela é, Clarisse Semyonova, ela é filha de um dos meus homens, um que se destaca pela crueldade e frieza, mas sei que ele nunca colocou a mão nela. Ele não conhece os sentimentos, não sabe identificar nenhum deles, e não sente nenhum também, mas pela forma como me falou da tragédia que aconteceu com a filha, sei que ele se preocupa.

Ele precisou ir até os Estados Unidos para ajudar Nikolai a treinar os novos soldados e foi no período que ele está estava lá, que a esposa dele removeu as cordas vocais da garota, manteve a ela em cárcere privado e por fim tirou a própria vida. Ela deixou uma carta, dizendo que se arrependia do que tinha feito com a filha, mas o método que ela usou, tornou impossível que a filha deles recuperasse a voz.

Quando ele me contou, eu percebi que por mais que ele seja um excelente soldado, ele jamais será um excelente pai. Ele nem se quer sentiu nada quando descobriu o que tinha acontecido. Eu decidi assumir alguns responsabilidades pela criança, e a coloquei na mesma escola que Anton, eu pago pelos estudos dela e pago também uma babá que cuida da menina em casa.

Logicamente eu também coloquei profissionais na escola que vão ajudar ela a aprender a se comunicar com a linguagem de sinais e tem a psicóloga que deve ajudar ela a passar por esse trauma sem muitos problema. Pelo menos é isso que eu espero, mas hoje estou indo para resolver outra coisa.

Sem mais delongas, eu abro o caderno e começo a ler, não demoro muito para decorar qual é a caligrafia da pequena Semyonova, é bem legível para uma criança que ainda não fez nem cinco anos. Não tem nada de mais no caderno, mas eu fico tão interessado em como ela vê o mundo que eu continuo lendo, vou culpar minha formação em psicologia por isso. Fiz por curiosidade e me formei a seis anos, mas adquiri uns hábitos.

O mafioso da silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora