Capítulo 1

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⏳⏳ (20 vinte anos antes)

⏳⏳ (20 vinte anos antes)

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(Idade: 4 anos)

Mais uma vez estou lanchando sozinho, pq as crianças daqui da escola parecem ter medo me mim. Eu gosto de calmaria e do silêncio, mas queria ter amigos, mas nunca tive nenhum e duvido muito que vou ter algum um dia. Sempre que alguém se aproxima de mim, perde todos os outros amigos, então eu logo fico sem amigos novamente.

Quando termino de comer, eu guardo minhas coisas, coloco de volta na lancheira e vou até o banheiro lavar minhas mãos, que ficaram pegajosas depois que eu comi do bolo de chocolate que a vovó secretamente colocou para mim. Depois que saio do banheiro, eu vejo aquela garota silenciosa, a notava, passando um caderninho para outra garota. Curioso com o que elas tanto fazem, eu me aproximo, espiando e vejo que elas sabem escrever.

Anton: como vcs sabem isso se ainda não aprendemos?

As duas me olham, a garota cujo a voz eu nunca ouvi, me olha curiosa, enquanto a outra arregala os olhos e se afasta correndo, deixando a amiga para trás.

Anton: pq vc sabe escrever?

Ela concorda.

Anton: como você sabe se só temos 4 anos?

Ela não me responde, apenas me encara por longos segundos antes de escrever no caderno. Ela me mostra as palavras mas eu não entendo.

Anton: uhm, eu ainda não sei ler.

Ela revira os olhos e volta a focar no caderno, quando o vira novamente para mim, tem um desenho de uma boca com um "X" por cima. Eu franzo o cenho e olho dela para o desenhos.

Anton: o que isso significa?

Ela bufa de um jeito engraçado, depois ela aponta para boca e faz um "não" com o dedo, me fazendo compreender.

Anton: ah, vc não sabe falar. Pq não sabe? Seus pais não te ensinaram?

Então ela abre a boca e fala, ou melhor, os lábios dela se mexem. Depois ela grita, mas nenhum som sai.

Anton: uau, vc não tem voz. Nunca conheci ninguém como vc. Eu me chama Anton e você também não deve ter conhecido alguém como eu. Sabe, eu sou lindão, que nem meu pai.

Falo esticando a mão para ela, que logo aperta, mas obviamente eu não escuto o nome dela. Ela escreve mais eu não sei lê, então eu ainda não sei o nome dela.

Anton: uhm, temos um problema. Eu não sei ler, vc não fala, como vou saber seu nome?

Ela da de ombros. Eu olho para garota de cabelos escuros e olhos claros, ela parece um bonequinha.

Anton: posso te chamar de bonequinha.

Eu afirmo animado, ela fecha a cara e pisa no meu pé.

Anton: aí! Isso foi um "não".

O mafioso da silêncio Onde histórias criam vida. Descubra agora