precious - pedri gonzález

#41

ISABELLA ROSSI 🛵

Dois mil e vinte e sete.

Um ano em que eu sentia que iria dar certo na minha vida, e dessa vez eu sabia. Passei a virada do ano com minha família somente e fomos para uma praia comemorar.

Amanhã eu iria completar vinte e um anos e Papai estava surtando por isso. Em todo aniversário, meu ou da Alice, ele dava um surto e chorava dizendo que o tempo está passando muito rápido.

Ainda não havia falado com Pedro, mas mandei um bilhetinho agradecendo o presente de natal que o mesmo havia me dado.

— Bebê, eu e Martina já planejamos todo o seu aniversário! - Papai chegou na sala e se sentou ao meu lado no sofá.

— Mesmo? O que faremos? - me ajeitei.

— Vamos para a Itália comemorar! - disse animado. — Uma semana em incrível em família.

— Itália? - arregalei um pouco meus olhos.

— Sim, querida. - Martina apareceu segurando Alice no colo. — Mas só conseguimos passagens para amanhã às oito e meia... - suspirou.

— Ah... - mordi o lábio. — Mas iremos passar uma semana, está tranquilo. Posso comemorar meu aniversário com o pessoal durante o dia. - dou ombros e logo sorrio. — E eu aproveito e compro um chinelo novo, já que me roubaram um. - fiz careta.

— Achamos que ficaria chateada por não viajar cedo. - Martina se aproximou.

— Ah isso são detalhes, o importante é que eu estarei com vocês. - sorri e abracei meu pai logo depois Martina com Alice. — Eu amo vocês.

— Também te amamos, pichula. - Papai respondeu e eu sorri fraco pelo apelido. — Minha bebê fazendo vinte e um anos amanhã, que dor... - fungou.

— Papai... - revirei os olhos.

Meu pai começar a chorar e eu escutei meu celular tocar, peguei o aparelho no bolso logo observando quem me ligava.

Número desconhecido.

Arqueei a sobrancelha e atendi.

— Alô? - olhei para o nada.

— Filha? - ouvi a voz de Samantha.

— Ah, oi Samantha. - olhei meu pai que rapidamente parou de chorar.

— Que eu me lembre, seu aniversário é amanhã, certo? - iniciou.

— Sim...

— Gostaria de saber se você quer amanhã dar um passeio comigo, sabe? - falou e eu mordi o lábio. — Nunca comemorei um aniversário com você então...

— Ah, eu...

— Se não quiser ir tudo bem, eu entendo.

— Ah, eu posso ir. - sorri fraco pelo celular. — Mas terá que ser de manhã, sabe? Eu vou viajar.

— Sem problemas, podemos almoçar, que tal? - fala animada.