#46

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ISABELLA ROSSI 🛵

— Martina, por que chamou aquela mulher? - me aproximei dela.

— Eu sinto muito, mas é necessário, Isabella. - se levantou. — Ela é irmã do seu pai e tem o mesmo sangue, mesmo que ela seja uma filha da puta, ela não vai recusar isso. Sua tia ama demais o seu pai...

— Ama pra caralho, né. - passei a mão na testa e senti alguém atrás de mim.

— Isa, eu sei que você está magoada com a sua tia. - ouvi a voz de Pedro. — Mas é para um bem maior, vamos deixar isso de lado e só por agora, focarmos no bem estar do seu pai, pode ser? - segurou meus ombros.

Observei todos os presentes no corredor mordendo minha bochecha logo respirando fundo.

Tudo pelo bem estar do meu pai.

— Só pelo meu pai. - falei baixo e Martina me abraçou.

— Eu também não quero encontrar aquela mulher, mas precisamos dela. - sussurrou no meu ouvido e eu concordei com a cabeça. — Eu te amo, meu amor.

— Também te amo...mãe... - abracei de volta.

Martina sorriu se surpreendendo logo me abraçando mais forte. Fechei meus olhos aproveitando o afeto, suspirei meio cansada.

[...]

Tomei um gole do meu café enquanto olhava para o nada esperando alguma notícia de meu pai, o pessoal já havia ido embora só havia restado Pedro que estava ao meu lado mexendo no celular. Alice foi junto com Pablo que se ofereceu a cuidar dela enquanto estávamos nessa situação. Minha tia já havia chegando na cidade e estava em um táxi vindo para o hospital.

A essa altura, a Espanha inteira já sabia do que havia acontecido com meu pai e estavam nos esperando lá fora para notícias.

Mais fofoqueiros que o Ferran, olha que ele é bem fofoqueiro.

— Você pode ir pra casa se quiser. - olhei Pedro.

— Mattia me pediu para cuidar de vocês. - desligou o celular logo me dando atenção.

— Eu sei, mas você pode ir descansar. - observei seu rosto.

— Não, você quem deveria ir descansar, Isabella. - suspirou. — Passou por um dia extremamente cansativo, merece dormir um pouco.

Realmente, eu estava totalmente exausta e precisava de um bom banho e uma cama. Mas não conseguia deixar meu pai sozinho nesse lugar, precisava estar ao seu lado.

— Eu estou bem. - forcei um sorriso.

— Mesmo? Com nenhum sono?

— Sim. - falei confiante.

Pedro me observou e olhou minha mão.

— Tá tomando seu sexto copo de café. - retirou o copo da minha mão.

Resmunguei e ele virou o café na boca, fiz careta olhando para frente e vi pelo canto do olho o jogador se levantando e indo jogar o copo fora logo voltou a se sentar ao meu lado.

precious - pedri gonzález Onde histórias criam vida. Descubra agora