#55

1.3K 150 173
                                    

PEDRO GONZÁLEZ 🛵

Fiquei observando em volta do hospital esperando Isabella sair de sua consulta enquanto segurava Isabel no meu colo.

Minha afilhada ficaria comigo por dois para os pais dela...bem...conversarem...

Depois daqui, eu iria para delegacia dar queixa das fotos vazadas e já havia contratado um advogado para resolver. Não queria expor Isabella desse jeito e nem os bebês, não era nada saudável.

Sem contar que muita gente estava caindo em cima de minha namorada e de seu pai. A xingavam de tudo que era possível, a chamavam de golpista, pediam para que ela se matasse e por incrível que pareça, resgataram um vídeo dela na festa de halloween do ano passado onde ela falava que "jogadores não era seu tipo".

Isabella já estava sofrendo demais com seu estresse pós-traumático. Então peguei meu celular e silenciei todas as palavras que ela poderia ver sobre sua pessoa. Minha namorada dizia que não ligava, mas era óbvio que ligava, todo mundo liga para esses comentários maldosos querendo ou não.

— Tio Pepi... - Isabel falou me olhando e eu a olhei. — Eu vou pedir para o papai alisar meu cabelo...

— O que? Por que, Juju? - falei indignado.

— O Juan da minha escolinha falou que ele era feio... - fez um biquinho.

— Feio é aquele seboso anão cabeçudo! - reclamei. — Seu cabelo é o cabelo mais lindo que eu já vi! - sorri.

— Mesmo? - sorriu de leve.

— Lógico que sim. - apertei sua bochecha. — E se ele te incomodar de novo, pode bater nele que eu deixo... - sorri de lado. — Até peço para o tio Tubarão te ensinar uns golpes...

Ferran era bom de luta.

Eu quero chutar ele igual te chutaram no jogo e te deixaram machucado e sem jogar! - falou animada e eu parei de sorrir.

— Me odeia, porra? - perguntei sincero.

— Aparentemente sim... - Isabella apareceu e eu sorri observando ela.

Seus cabelos estavam soltos e usava um simples vestido branco com flores vermelhas estampadas, mas não era aqueles vestidos bregas, era um vestido lindo.

— Oi, meu amor... - me levantei a deixei um selinho que quase não saiu por Isabel nos separar. — Como foi?

— Foi bem, tive um ótimo progresso... - sorriu animada.

— Que maravilha, meu bem. - segurei sua cintura e comecei a seguir para fora.

— Para onde vamos? - falou colocando as mãos na barriga.

— Bem, você e a senhorita Juju irão para casa ver desenhos e descansarem. - peguei a chave do carro no bolso.

— E você? - parou ao lado de sua porta e eu abri o carro em seguida abri a porta para ela.

— Irei resolver esse lance do vazamento. - suspirei e abri a porta de trás para Isabel. — Juju, coloca seu cinto.

— Não. - falou indo até a cadeirinha.

precious - pedri gonzález Onde histórias criam vida. Descubra agora