#17

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PEDRO GONZÁLEZ 🛵

Levei o copo com suco de laranja até minha boca e dei um bom gole enquanto observava Pablo brincar com Isabel no quintal de sua casa. Hoje o dia estava bem quente, então decidimos aproveitar a piscina.

O dia estava ótimo para uma ótima bebida alcoólica, mas não bebíamos na presença de Isabel.

Mais dois dias haviam se passado e Isabella ainda estava no Brasil. Ela até que falava comigo, mas com pouca frequência e isso estava me matando.

— Não! - Bebel fala correndo até mim e pulando em meu colo logo sentindo um jato de água me acertar.

Fechei a cara e olhei na direção de Gavira que ria alto.

— Levou um jato meu. - falou ainda rindo e Isabel logo saiu corre do meu colo. — Vou te acertar! - o jogador começa a jogar água na filha que ria alto.

— Não! - a pequena fala se escondendo atrás de cadeira e a acerta com a água. — Não é justo! - ela para de se esconder e bate o pé cruzando os braços.

— A brincadeira era essa, filha. - Gavira anda até a torneira e desliga a mangueira. Logo foi até a filha que estava emburrada e a pegou no colo enchendo de beijos. — Minha marrentinha, de quem você puxou essa marra toda?

— De quem, hein? - falei sorrindo de lado irônico e ele mostrou o dedo discretamente.

— Papai, você roubou. Não pode molhar a Bebel. - ela fala triste.

— Nem todo jogo iremos ganhar, bebê. - fez cócegas na criança que logo começou a rir e novamente a encheu de beijos. — Coisa mais linda. - começou a jogar no alto.

Fiquei observando a cena com um sorriso orgulhoso no rosto. Apesar de ser novo e com um início na paternidade bem conturbado. Pablo era um pai incrível para Isabel e isso me enchia de felicidade. Na época em que ele fez a burrada e quis assumir a gravidez, confesso que tive medo de ele estar assumindo apenas para não perder Kiana.

Mas agora eu vejo que não há nada com que se preocupar.

— Vou pegar meu celular. - me levantei da espreguiçadeira e entrei na casa, subi para o segundo andar e passei na frente do banheiro. Escutei um fungo e arqueei a sobrancelha.

Voltei alguns passos e observei a porta de madeira. Fiz um biquinho e coloquei meu ouvido na porta de madeira tentar ouvir algo, mas estava tudo em silêncio. Assim que me afastei da porta, ela foi aberta por Kiana que me olhou surpresa e colocou as mãos para trás.

Ela estava com o rosto molhado e os olhos um pouco vermelhos. Estava chorando.

— Pepi? O que faz aqui? - sorriu.

— Por que tá chorando? - a olhei de cima a baixo.

— Chorando? Ah não, isso é alergia. - negou com a cabeça e mordeu o lábio.

A observei bem e cruzei os braços esperando Kiana contar estava acontecendo. Ela me encarava esperando alguma reação minha mas eu estava simplesmente quieto.

— Olha, eu... - ela iniciou mas logo parou correndo até o vaso e começando a vomitar. Fiz uma careta e corri até ela segurando seus cabelos.

precious - pedri gonzález Onde histórias criam vida. Descubra agora