#63

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ISABELLA ROSSI 🛵

Abri a porta de minha casa segurando Lucca em meus braços logo encontrei um Ferran extremamente nervoso e roía suas unhas.

— O que aconteceu? - perguntei preocupada.

— "O que aconteceu?" - ele fez aspas depois tampou os ouvidos de meu filho. — Eu estou fudido!

— Por que? - dei espaço para ele entrar e assim Ferran fez.

— Que foi, maluco? - meu noivo apareceu segurando nossa filha que brincava com dinossauro de pelúcia.

— Eu vou ser pai. - falou e eu arregalei meus olhos.

Ferran seria pai?

Deu positivo? - Pedro arregalou os olhos chocado e minha pequena o imitou.

— Deu, deu muito. - passou a mão na cabeça tenso. — A Melina engravidou de mim... - sussurrou.

— Ela está de quanto tempo? - perguntei curiosa.

— Cinco meses... - respirou fundo. — Aliás, o chá revelação irá acontecer semana que vem, estão convidados.

— Assim? Do nada? - perguntei indignada.

— Eu sou o pai e recebi o convite hoje também. - o atacante rebateu e eu prendi o riso.

— Foda. - sussurrei.

Ferran pegou Cecília de Pedro e depois Lucca de mim, foi até o sofá e os sentou em seu colo.

— Como é ser pai? - perguntou para Lucca que fez um biquinho o olhando.

— Ele não é pai. - falei.

— Falei com ele. - me respondeu e olhou para Cecília. — É fácil cuidar de vocês? - perguntou. — Eu vejo vocês de vez enquanto, então não sei como é limpar o bumbum sujo de vocês sempre.

Cecília abriu um sorriso apertando o nariz de Ferran depois soltou brincando com os próprios dedos, Lucca deu um grito pedindo para sair do colo de meu amigo.

— Vocês não me ajudaram. - Ferran concluiu colocando os dois no chão que foram brincar no tapete.

Andei até o lado de meu noivo que observava nosso amigo surtar no sofá e falar sozinho coisas do tipo "fudeu", "vão cortar meu pau", "para que transei no pêlo", "por que eu não sou castrado?".

— Acho que alguém está surtando. - sussurrei para Pedro.

— Você acha? - me olhou e deixou um beijo na minha bochecha. — Sendo sincero, não me impressiona tanto porque eu já esperava isso. - deu ombros.

— Eu também esperava. - cruzei meus os braços.

Ferran curvou sua cabeça e tampou o rosto, parei de sorrir ao perceber que o moreno estava chorando. Me soltei de Pedro indo rapidamente até meu amigo, o abracei de lado.

— Calma, cara. - fiz um carinho em suas costas.

— Eu não sei se choro de desespero ou de felicidade... - falou abafado logo fungando. Como assim ele não sabe sobre o que chora?

precious - pedri gonzález Onde histórias criam vida. Descubra agora