Capítulo 1

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Vou publicar um por dia 💜


O alfa estava em seu carro acompanhado do seu secretário e mais três alfa para uma reunião de negócios que não calava a boca por nada, o cheiro forte estava irritando o seu lobo, que soltava rosnados baixos toda vez que falavam com ele.

O seu lobo estava estranho essa noite, e isso estava o deixando agitado e sem conseguir prestar atenção em nada, por ser um alfa lúpus puro a personalidade do seu lobo ficava muito aparente, ele perdia a paciência muito fácil, não gostava de contato humano, qualquer motivo ele estava rosnando e querendo matar qualquer um que o tirava do sério.

Yoongi, seu secretário, era uma das poucas pessoas que ele mantinha por perto, não por querer, mas por necessidade, afinal odiava ter responsabilidade.

Então tudo ele passava para o ômega resolver, mesmo ele falando o tempo todo que era o trabalho do alfa fazer.

O carro estacionou em frente de um restaurante muito renomado da França e eles desceram, o lúpus pouco se importou em esperar os alfas bajuladores e já foi entrando no estabelecimento.

Logo atrás dele o ômega veio acompanhado dos três alfas e sentaram na mesa que lhe foi reservada. Os demais da mesa engataram em uma conversa furada e outras besteiras que o lúpus nem se quer deu ouvido.

Um garçom veio fazer o seu pedido e depois de alguns minutos os pratos chegaram e com ele um cheirinho doce que fez o lobo em seu peito rosnar excitado.

O lúpus olhou ao redor e puxou o ar com força tentando achar a origem do aroma doce, mas franziu o cenho quando o cheirinho começou a se distanciar, seu lobo se remexeu querendo ir atrás do dono do aroma mas o lúpus se recusou, dando de ombros ele voltou sua atenção para a mesa, vendo Yoongi o olhar questionando mas ele só negou e voltou ao seu prato.

Depois de uma noite extremamente chata, o lúpus e ômega estavam de volta ao carro, sozinhos dessa vez, o ômega o olhava querendo saber o'que aconteceu no restaurante para o deixar tão inquieto e o lúpus só fingia olhar a vista pela janela do carro para não falar sobre aquilo, afinal não é todo dia que um cheiro chama atenção do seu lobo, ou melhor, nunca aconteceu.

- Vai continuar me ignorando? - o Min perguntou e o lúpus o olhou sério.

- Não tenho nada para conversar - sua voz saiu pesada e grave e o ômega achou melhor não insistir naquilo, não queria colocar o seu pescoço em risco.

Depois de deixar o ômega em seu apartamento o alfa foi para o seu, o seu dia foi estressante e cansativo, fora aquele maldito cheiro delicioso que não saia do seu nariz.

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O ômega baixinho estava terminando de arrumar a sua cestinha com algumas rosas para poder enfrentar mais um dia nas ruas da belíssima França, ele estava quase acabando quando o seu amigo Hoseok entrou em seu quarto sem nem ao menos bater, ele já estava acostumado com o jeito do alfa.

- Tudo pronto, Mochi? - perguntou e o ômega sorriu assentindo - pega um casaco, está frio lá fora e você é muito sensível.

O ômega e o alfa moram juntos a dois anos, eles se conheceram quando Jimin chegou na França para estudar, porém seus planos não deram muito certo, e hoje ele vive das lindas flores que ele mesmo planta no fundo de casa.

O alfa é muito protetor com o pequeno mesmo ele alegando que sabe se cuidar, para o alfa o pequeno ômega é como um irmão mais novo, o seu próprio lobo o reconhece como um laço sanguíneo.

- Tudo bem, Hobi - o menor pegou a sua cesta e um casaco e saiu para as vendas, o primeiro lugar que ele sempre ia era a casa de uma ômega velhinha que morava do outro lado da rua, ele sempre a presenteava com uma rosa e um sorriso, mesmo a senhorinha tentando negar alegando ser o seu sustento.

O ômega estava andando a algumas horas indo de restaurante a restaurante vendendo as suas preciosas flores, o tempo estava frio para o pequeno, mas ele tinha contas a pagar e o seu amigo não poderia pagar tudo sozinho.

Ele parou em frente ao um restaurante muito chique, normalmente ele não gosta desse lado da cidade, ali era onde alfas e ômegas maldosos ficavam mas o seu lobinho mandou ir ali, mesmo sem entender ele entrou e foi até a recepcionista que o olhou com um olhar de reprovação pela suas vestimentas em um lugar tão "importante".

Ele ignorou o olhar dela e colocou um sorriso lindo no rosto e foi até a mesma.

- boa noite, senhorita - disse com o olhinho quase fechando pelo sorriso e colocou a cestinha em cima do balcão e a ômega torceu o nariz - poderia vender algumas das minhas flores para os clientes daqui?

Sua pergunta era inocente, mas a ômega pareceu não gostar do que ouviu já que soltou uma risada de deboche antes de bater a mão na cesta "sem querer" com as flores fazendo as mesmas caírem no chão.

O ômega arregalou os olhinhos azuis e se abaixou rapidamente cantando as suas flores, algumas estavam se despedaçando e ele levantou segurando as que sobrou contra o peito, seus olhos estavam cheios de lágrimas.

Ele se virou para sair do estabelecimento mas trombou com um garçom apressado que estava com uma bandeja na mão, o mesmo mandou sair da frente, e ele rapidamente saiu do local.

Seu lobo estava triste e magoado por não poder entrar no restaurante, o ômega foi embora de cabeça baixa e chorando silenciosamente, quando chegou contou tudo chorando nos braços do alfa até dormir vencido pelo cansaço.


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PARA SEMPRE MEU - JIKOOK/ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora