Capítulo 6

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O ômega saiu do banheiro com as bochechas coradas e foi até o lúpus que estava de olhos fechados, mas escutando tudo ao seu redor, inclusive os passos lentos do ômega até a cama.

Jimin subiu na cama devagar achando que o alfa estava dormindo, não queria correr o risco de acordá-lo, mas acabou soltando um gritinho quando os braços fortes do lúpus o puxou para o seu peito.

- Achei que estava dormindo - falou com um biquinho e o alfa beijou a bochecha vermelha, a deixando mais corada ainda, se possível.

- Não conseguiria sem está com você aqui - disse encarando o ômega envergonhado e sorriu quando o menor desviou o olhar constrangido. Seu ômega era muito fofo.

- Como soube que eu estava com frio? - deitou a cabeça no peito do maior e fechou os olhos pela carícia em seus cabelos, seu lobo estava ronronando em seu peito, feliz pela presença do alfa.

- Somos soulmate - disse sentindo o cheiro doce nos cabelos loiros - meu lobo é ligado ao seu, mesmo ainda sem uma marca, essa ligação me permite sentir algumas coisas relacionadas a você.

- Então você sentiu que eu estava com frio e veio me esquentar? - perguntou baixo e o lúpus o abraçou mais apertado, liberando o seu cheiro, marcando o corpinho do ômega.

- Sim, não conseguiria deixar o meu ômega passando frio sabendo que eu tenho um corpo quente feito exatamente para você.

- Só para mim?

- Só! - disse sorrindo e o ômega sorriu com a bochechas gordinhas coradas e escondeu o rostinho no pescoço do maior, que riu do seu ato.

- Agora dorme mais um pouquinho - o ajeitou no meio das cobertas e beijou o topo da cabeça loira - a noite iremos jantar em um restaurante, se você ainda quiser, é claro.

- Eu quero - disse meio abafado por essas com a cabeça no pescoço do outro - mas não quero dormir mais - disse levantando o rosto emburrado e o lúpus teve que se segurar para não beijar aquele biquinho rosa.

- Oque quer fazer então? - a voz mansa do alfa fazia o pequeno ômega relaxar em seu peito.

- Nada, só quero sentir mais do seu calor antes de você ir - Jungkook sorriu e o abraçou mais apertado.

[...]

- Vamos? - o lúpus já tinha ido a sua casa se trocar e voltou para buscar o ômega que estava todo encapotado por causa do frio.

- Sim - disse sorrindo e se virou para o alfa platinado que estava na porta olhando os dois - tchau, Hobi.

- Tchau, Minnie - olhou para o lúpus que estava segurando a porta do carro aberta e deu um aceno de cabeça que foi prontamente ignorado pelo mais alto.

O ômega foi correndo para o carro e o lúpus terminou de abrir a porta do mesmo para o menor entrar, o loiro respirou fundo sentindo mais do cheiro forte do seu alfa e suspirou em deleite, aquele era o melhor cheiro que já sentiu em sua vida, o acalmava e se sentia protegido.

- Tão bom - falou baixinho e o lúpus entrou no carro no banco do passageiro.

- Oque é tão bom? - perguntou ligando o carro e não deixou de perceber as bochechas vermelhas do ômega pelo espelho do carro.

- N-nada…

- Nada? - perguntou sorrindo e o ômega assentiu, o lúpus alargou o sorriso, porque ele sabia muito bem o'que o ômega estava elogiando, por isso deixou mais da sua essência sair e viu o pequeno suspirando novamente, apreciando o seu cheiro.

O caminho até o restaurante foi tranquilo até certo momento, quanto mais se aproximavam, mais o ômega começava a ficar inquieto no seu assento e quando o carro parou em frente do restaurante, o menor arregalou os olhinhos, o lúpus estava achando muito estranho a reação dele.

- Meu bem - chamou vendo o ômega o olhar assustado e com os olhinhos cheios de lágrimas pelas lembranças da última vez que veio nesse mesmo restaurante e foi tratado mal só por estar trabalhando - oque houve?

- N-não quero ficar aqui, Kookie - disse deixando uma lágrima escapar que foi prontamente secada pelo alfa.

- Podemos ir em outro lugar - disse e o ômega assentiu respirando fundo, para se acalmar - mas eu preciso saber o porque não quer ficar aqui.

Eu…- começou a gaguejar e o lúpus tirou o seu cinto de segurança e o do ômega o trazendo para o seu colo e o abraçou soltando mais do seu cheiro para acalma-lo.

- Melhor? - perguntou depois de alguns minutos em silêncio, com o menor em seu colo e o ômega assentiu fungando - agora me conta.

- E-eu vendo flores - disse envergonhado mas o lúpus só continuou o olhando com carinho e passando as mãos em cima das coxas para o conforta - eu vim aqui alguns dias atrás e a moça da recepção jogou as minhas flores no chão, só porque eu queria às vender no restaurante - terminou e os seus olhinhos encheram de lágrimas novamente, ao contrário do lúpus que estava com os olhos vermelhos e sua presença assustadora.

- Vamos resolver isso, tudo bem? - o ômega assentiu mesmo não entendendo e seguiu o alfa até que chegaram na recepção do restaurante, a mesma ômega do outro dia estava lá e o ômega tratou logo de se esconder nas costas do seu alfa.

- Senhor Jeon - se curvou exageradamente mostrando o seu decote que o lúpus nem reparou, estava tão possesso que ele mataria qualquer um que entrasse no seu caminho - irei lhe acompanhar até a sua mesa.

- Claro - disse com um sorriso assustador e a ômega se mexeu desconfortável com o cheiro muito forte vindo do lúpus - antes deixe-me apresentar o meu ômega - trouxe o menor para frente e viu a ômega arregalando os olhos e dando um passo para trás.

- V-você? - perguntou assustada e o ômega voltou para trás do alfa, não queria ter que olhar para aquela ômega novamente, ainda estava muito magoado.

- Quero falar com o dono - o lúpus disse para um garçom que estava passando e o mesmo assentiu e saiu logo voltando com um ômega um pouco mais velho que o Jeon.

- Jeon - disse sorrindo, mas o sorriso desapareceu quando viu a cara do lúpus e a sua funcionária assustada - o que aconteceu?

- Seokjin - disse e olhou para a ômega encolhida no canto do balcão - essa ômega humilhou o meu ômega outro dia que veio aqui, faça algo ou eu irei fazer!

- Tomarei as providências imediatamente - disse olhando para a ômega que chorava silenciosamente, ele sabia que se deixasse nas mãos do lúpus não seria nada bonito o resultado - peço desculpas, Jimin - disse sorrindo para o ômega que lhe lançou um sorriso pequeno e voltou a se esconder atrás do lúpus e segurar a sua mão - irei acompanhar vocês até a sua mesa, hoje é por conta da casa, aceite como um pedido de desculpa.

- Meu bem - se virou de frente para o ômega e segurou o rosto rechonchudo nas mãos grandes - ainda quer ir embora ou quer jantar aqui mesmo?

- Podemos ficar, alfa - disse baixinho e o lúpus beijou a sua testa.

- Tem certeza? - quis saber e quando o ômega assentiu sorrindo ele confirmou para Seokjin, que os levou para a mesa marcada e já anotou os pedidos deles.

- Caso precise de mais alguma coisa é só chamar - disse piscando para o ômega e saiu para a cozinha.

- Abusado - o lúpus resmungou e o ômega riu.

- Obrigado, alfa. - disse baixo e o lúpus o olhou com carinho.

- Ninguém nunca mais vai te fazer mal, meu bem - pegou a mãozinha e deixou um beijinho na palma o olhando o tempo todo, os olhinhos azuis brilhavam, fazendo o lúpus suspirar apaixonado.

O jantar foi servido e o casal comeu entre sorrisos apaixonados e descobrindo mais um sobre o outro.

No fim da noite tinha um ômega cansado e cochilando no banco do carro e um lupus todo apaixonado olhando hora ou outra para o biquinho de sono do ômega.

O alfa o levou para o seu apartamento e o deitou confortavelmente em sua cama, tirou as roupas pesadas do menor e deixou ele com uma blusa e um short do próprio alfa, antes de retirar todas as suas roupas ficando só com uma cueca e se deitou do lado do ômega que chegou perto dele procurando mais do seu calor e dormiram juntos a noite toda.

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PARA SEMPRE MEU - JIKOOK/ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora