O menor acordou sentindo falta do calor do seu alfa na cama, se sentou coçando os olhinhos inchados pelo sono e olhou em volta no quarto.
Percebeu que ainda era noite, olhou para o relógio na cabeceira da cama e viu que ainda era madrugada, um pouco mais de três horas da manhã.
Nos últimos dias o seu alfa estava agindo estranho, e mesmo que mínimo, estava o evitando e isso estava deixando o pequeno extremamente magoado e triste, e o seu lobo estava se sentindo levemente rejeitado sempre choramingando e acuado em seu peito.
Se levantando devagar o menor seguiu até o banheiro tentando encontrar o lúpus mas não achou ali, chamou por ele mas o alfa não apareceu ou respondeu.
Choramingando, Jimin desceu as escadas do apartamento no escuro, tentando seguir o cheiro do seu alfa o menor o achou na varanda falando no telefone, assim que o alfa percebeu a sua presença tratou logo de desligar e guarda o celular, algo que estava acontecendo muito nos últimos dias.
O menor se sentiu incômodo e chateado com aquilo mas não falou nada, afinal o seu alfa era um empresário muito famoso, poderia ser alguma ligação internacional. Não queria parecer um ômega inseguro e ciumento mesmo estando se sentindo assim.
- Ei, por que não está na cama? - o menor negou com a cabeça com um bico e o alfa beijou a sua testa e o pegou no colo o levando para o quarto novamente - vamos dormir, meu amor, está muito tarde.
- T-tudo bem, alfa - mesmo incomodado com tudo o menor se deitou no peito do alfa e logo depois estava dormindo.
[...]
O menor acordou na manhã seguinte sozinho na cama, o'que já estava virando uma rotina, o menor puxou o ar com força e percebeu que o seu alfa já havia saído a algum tempo já que o seu cheiro estava mais fraco.
Mesmo triste com o comportamento do alfa, o menor tratou logo de esconder isso para ele não percebe pela marca e se levantou, tomando um banho e fazendo a sua higiene antes de descer as escadas e encontra a beta que trabalha ali.
Sorrindo e recebendo um beijo carinhoso da mais velha, o menor se sentou tentando comer algumas frutas, estava triste demais para conseguir comer.
A beta suspirou percebendo o desapontamento do menor, mas não falou nada, não queria o força a falar alguma coisa.
- Nonna - chamou baixo e a beta o olhou, incentivando a continuar - F-faz muito tempo que o Jun saiu? - a voz saiu baixinha e triste.
- O patrão acordou bem cedo hoje, saiu antes das seis da manhã, criança - Jimin assentiu e agradeceu deixando a cozinha e voltando para o quarto, não iria a floricultura hoje, não estava com ânimo.
O seu lobo ficava o tempo todo se culpando pelo "desinteresse" do alfa. Se sentindo inseguro, o ômega começou a juntar vários lençóis e roupas com o cheiro do seu alfa e levou até o banheiro do quarto, limpou a banheira e arrumou os tecidos que pegou ali fazendo um ninho e se deitou no meio da bagunça de roupa.
Encolhido como um filhotinho amedrontado, o ômega dormiu, entrando em uma espécie de hibernação.
[...]
O moreno estava novamente olhando o par de aliança de ouro branco em sua mão, suspirando e sorrindo bobo guardou a caixinha com os anéis em seu terno e voltou ao trabalho.
Estava em uma reunião quando o seu lobo passou a ficar inquieto em seu peito, o arranhando e rosnando baixo. Tentou manter a sua atenção na alfa que falava a sua frente mas os seus olhos oscilando entre os negros e vermelho estava deixando todos naquela sala aflitos.
- Jeon, você está bem? - Yoongi perguntou baixo e o moreno o olhou sem entender - os seus olhos - apontou para os próprios olhos e o moreno olhou para a janela vendo as íris vermelhas.
- Estou bem - o ômega assentiu e voltou a sua atenção na alfa, o lúpus apertou os olhos tentando controlar o seu lobo, mas o mesmo rosnava em sua cabeça causando uma dor de cabeça.
A reunião passava lentamente e cada vez mais o moreno se encontrava angustiado e triste, isso se passou desde a manhã mas chegou em uma certo momento que os sentimentos pararam de uma hora para outra e só aí ele percebeu que todo os sentimentos negativos vinha do seu ômega.
O lúpus levantou de uma vez da cadeira assustado as pessoas na sala e saiu correndo da empresa, pegando o seu carro e indo em alta velocidade para o apartamento.
- Merda merda merda - rosnou alto batendo o punho no volante com força quando parou em um engarrafamento, pegou o celular tentando ligar para o seu omega mas sempre ia para a caixa postal.
Quando os carros voltaram a andar o alfa pisou fundo no acelerador, quando parou no prédio o alfa foi rápido em chegar em seu apartamento, subiu as escadas para o quarto apressado, passando por uma beta assustada.
Ele entrou no quarto chamando pelo menor e puxando o ar com força, seguindo o cheirinho doce, o alfa encontrou o pequeno adormecido dentro da banheira, o cheiro do menor estava extremamente forte deixando o lúpus desnorteado por um momento.
- Meu amor - o lúpus chegou perto e foi pegar o menino adormecido mas o ômega rosnou e o alfa se afastou com os olhos arregalados - neném - chamou baixinho e ficou olhando o rostinho adormecido, o lúpus choramingou e se sentou no chão ao lado da banheira.
Sem saber oque fazer o lúpus pegou o celular e ligou para Jin, que não demorou muito para chegar ali.
- Oque aconteceu? - perguntou da porta do banheiro olhando para o ômega dormindo na banheira e o lúpus sentado no chão com os olhos vermelhos e chorando.
- E-Eu não sei - disse e deixou as lágrimas caírem quando tentou tocar no menor e ele rosnou de novo - estava me sentindo triste e angustiado a manhã toda, mas só quando os sentimentos pararam que eu percebi que vinham do meu ômega, vim o mais rápido possível e o encontrei assim.
O ômega na porta olhou para aquela situação todo confuso. O lúpus tirou o blazer e a caixinha da aliança e colocou em cima da pia, o ômega olhou para o amigo com pena.
O alfa estava super animado com o pedido de casamento, estava preparando uma surpresa para o menor e passava o tempo todo infernizando o ômega e o seu alfa que estava o ajudando.
- Acho que eu sei oque aconteceu - o voz da beta veio de trás de Jin e o lúpus a olhou na hora.
- Oque aconteceu, Nonna? - perguntou fungando, Jin até acharia engraçado ver um lúpus tão temido por todos nessa situação, mas era triste.
- O menino Jimin está triste já tem alguns dias, não tem se alimentado direito e sempre perguntando sobre o senhor - disse e colocou as mãos na cintura - o senhor está deixando o seu ômega sozinho sem explicação.
- Ele está se sentindo rejeitado - Jin falou e o alfa olhou para o menor chorando - entre no ninho dele e aromatize o pequeno, assim ele vai se sentir melhor.
- Obrigada Jin, obrigada Nonna - o lúpus se levantou e o ômega e a beta saiu do quarto deixando eles sozinhos, o alfa trancou a porta do quarto e voltou para o banheiro encontrando o ômega do mesmo jeitinho.
Estava se sentindo um péssimo alfa, não tinha reparado como o ômega estava triste, e só agora olhando direito reparou como o rostinho do seu ômega estava mais magro.
O lúpus tirou as suas roupas ficando só de cueca e se deitou ao lado do ômega na banheira, mesmo entre rosnados territoriais do menor, liberou o seu cheiro para acalmá-lo e passou a lamber as bochechas e a marca em seu pequeno, que passou a ronronar e se aconchegar em seu peito, o alfa ficou ali até cair no sono sabendo que o menor estava seguro em seus braços.
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PARA SEMPRE MEU - JIKOOK/ABO
Fantasy[CONCLUÍDA] Park Jimin sempre foi um ômega doce e inocente que nutria o sonho de encontrar um alfa amoroso para forma uma família, se mudou para a França no intuito de estudar, mas as coisas não saíram como ele desejava. Mudando de plano, o pequeno...