Dezesseis

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ATENÇÃO

conteúdo sexual;

     Não conseguia ficar muito tempo longe do seu corpo ou da sua boca. Quando o sol começou a aquecer o gramado, saímos para nos esquentar. Jungwoo comeu algumas amoras roxinhas, eram rechonchudas e um pouco maiores que seus polegares. Seu sumo deixou em sua boca um tom avermelhado, aumentando a minha fome dele.

Pela maneira como devorou-as, desconfio o quanto deve estar faminto. Já estava pensando em voltar, mas antes, queria aproveitar mais um pouquinho. Deito de lado, apoiando minha cabeça com uma das mãos. Jungwoo me oferece a amora restante na boca e eu mordisco, sentindo os pomos se desmancharem na língua e me trazendo o sabor adocicado. O mesmo gosto dos seus lábios. Nossos corpos molhados, arrepiados. A grama roçando na pele. Beijei a sua clavícula e me afastei para olhar o seu rosto.

— Cansou? Quer voltar pro hotel?

— Quero — ele balança a cabeça, o seu olhar pretencioso me ganha.

Juntamos nossas coisas e demos as mãos para trilhar o caminho de volta. Não havia nenhum rosto conhecido quando chegamos, mas nem tive muito tempo para pensar sobre isso.

Não queria encontrar mais ninguém.

Subo até o quarto de Jungwoo e ele entra primeiro. Eu entro logo depois e tranco a porta, mantendo a maçaneta nas mãos. Penso em tomar um banho antes de descer para almoçar, mas antes, ele se joga em sua cama espaçosa e me encara, esperando que eu também fosse.

Não segurei o meu sorriso e fui até ele. Seguro a sua cintura para puxá-lo para mais perto. Seus dedos delicados acariciam a minha têmpora e me levam de volta para ele, deixo um beijo em seu ombro. Jungwoo volta a me beijar até que eu perca o fôlego, como se a meia-hora que levamos para voltar tivesse o deixado desesperado para ter isso de novo.

Apoio a minha mão livre no colchão enquanto a outra desliza lentamente por trás de sua coxa, alcançando sua bunda. Ele sobe as pontas dos dedos pelo meu braço, me sentindo despejar selares em volta do seu pescoço, descendo até seu peitoral.

Meu nome de verdade foi chamado baixinho, expressando sua vontade. Seus suspiros de prazer só em me ter lhe entregando carinho denunciaram isso para mim.

— Você é o meu paraíso — Jungwoo confessa em outro sussurro. — Yuno, você é o meu paraíso. — repete, baixinho, me deixando louco.

A maneira como nossos corpos estavam juntos, o abraço firme, o coração batendo com força e um frio cobrindo meu estômago por dentro, tudo isso acontecendo ao mesmo tempo me deixava estimulado o suficiente para não querer mais sair daqui.

Não até fazer isso passar.

Tento manter meu coração calmo e agir com cuidado.

— Jungwoo-ya, é isso o que quer de mim? — questiono baixinho, acariciando com a minha testa o braço que me envolvia.

Ele me confirma com toda a honestidade no olhar. Mas eu não queria que se arrependesse.

— Me diga o quanto quer.

— Eu quero muito — respondeu ele, abraçando meu ombro. Fecho os olhos ao sentir mais de perto o seu cheiro. — Você não imagina o quanto.

Me deixa saber e tudo dentro de mim cai aos pedaços, qualquer fio de sanidade que eu me esforçava para manter.

Enfio a mão por baixo da sua camiseta, alcançando a sua barriga que contrai ao meu toque. Ele me deixa tirar a sua roupa, mas mesmo assim, continuo cauteloso. Jungwoo conduz sua mão esquerda para minha bermuda e me agarra com certa firmeza, solto um suspiro de prazer e espanto em resposta.

O Segredo do Oceano •  JaeWooOnde histórias criam vida. Descubra agora