Capítulo 30

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Milena Martins:

- Eu só saio daqui depois da gente conversar. - eu disse e coloquei a chave no meu sutiã

- Eu não quero falar com você Milena. - 

Estranho doer por ouvi alguém te chamar pelo nome, porque doi? É o meu nome não devia doer.

Mas doi, doi ouvir ele me chamar de Milena, ele me chamava de tudo menos Milena. As vezes me chamava de Dory, Mi, linda ou Evelyn. Mas agora é diferente, agora eu sou só a Milena, mais nada.

- Ta bom, vamos só nos olhar então. - Cruzei os braços e fiquei o encarando ele me olhou por um tempo, mas depois desviou o olhar. - Alexander por favor, eu só quero falar com você.

- Estevão pra você. - 

O modo que ele está me tratando parece que estou tomando facadas. Essa frieza doi, não desejo que ninguém seja tratado assim, nem o meu pior inimigo.

Bem feito pra você. Quem manda descarregar a sua raiva nos outros.

Ta bom subconsciente, eu entendi.  E você não está ajudando.

- Estevão, me desculpa. Desculpa por tudo que eu falei. Eu sou uma idiota. -  Eu disse andando até ele e ele nem me olhava na cara, ele está olhando pro chão. - Eu não queria ter dito aquelas coisas pra você, eu não estava num bom dia antes de aquilo com a Letícia ter acontecido e depois eu fiquei pior ainda. Eu sei que isso não é uma desculpa para eu ter dito as coisas que eu disse pra você. Mas me perdoa, por favor. Esta me matando ter que ficar longe de você. Doi ver você me tratando assim com frieza. Eu estou muito arrependida, bichinho. - 

Eu peguei nos seus joelhos e me ajoelhei em frente dele.

- Por favor, me perdoa. Desculpa. - 

Eu nunca fui de pedir desculpa tantas vezes, eu pedia e depois se a pessoa negasse aceitar e fica tipo "eu te pedi desculpas e você não quis aceitar, isso já não é problema meu," mas por ele eu peco desculpa 1 milhão de vezes.

Peguei o seu queixo e fiz ele me olhar.

- Você me perdoa? - 

Ele não disse nada apenas me beijou. Eu fiquei surpresa, mas feliz e aliviada ao mesmo tempo. 

Esse beijo foi uma mistura de sentimentos, saudades, alívio, perdão, ou seja, uma verdadeira salada de frutas.

Eu não aguentaria ficar longe dele por mais tempo.

A sua mão grande estava na minha bochecha me puxando pra perto. A falta de ar chegou e nos saímos do beijo.

- Eu já não aguentava ter que te afastar. - ele disse e eu deixei um sorriso escapar

- Então estou perdoada bichinho? -

- Sim, mas não me chama de bichinho. - 

- Porque não?

- É estranho. - ele disse e eu ri

- Bom agora já posso sair. - Me levantei e me virei de costas pra ele, quando eu estava prestes a andar uma mão me pegou pela cintura e me puxou, me colocando sentada no colo dele.

- Mais devagar, agora você vai ficar aqui um pouco. - ele disse e começou a beijar o meu pescoço.

Não eram beijos no pescoço com malicia, mas sim como o gesto de afeto.

- Não da eu disse pra minha mãe que ia voltar cedo. - eu tentei me afastar, mas ele me manteve ali.

- Ta cedo ainda são... - ele pegou o celular, ligou e me mostrou - 6:20 da noite. - 

- Você tirou a nossa foto? - falei tristinha porque vi que ele mudou o papel de parede do celular dele.

- Você me chamou de chiclete. - 

- Ok.. justo. - eu disse e nos rimos

- Quer assistir um filme? 

- Não da nenem, eu tenho que ir pra casa. Hoje minha mãe inventou que quer ter uma noite de jogos em família. - 

- Posso ir?

- Eu disse em família.

- Mas eu sou família

- Aí é e você é o que? - falei num tom provocativo, mas ao mesmo tempo um tom de brincadeira 

- Eu sou o futuro genro. - ele me colocou na cama e começou a me fazer cosquinhas e eu não para de rir.

- Para - falei rindo. - Alexander... - eu não conseguia acabar de falar de tanto rir e a minha barriga já estava doendo e eu comecei a chorar de tanto rir até que ele parou do nada.

- Você ta chorando? Desculpa, desculpa...

- Eu estou chorando de tanto rir, filhote do capeta. Agora vai ter revenge. -

Antes que ele pudesse dizer um a eu estava em cima dele fazendo cosquinhas nele. Mas ele não sentia cocegas.

- Você é um chato. - eu disse me deitando ao seu lado de braços cruzados. 

- Eu sou um chato? - ele subiu em cima de mim

- Chato pra caramba.

- Sério, quão chato eu sou, linda? - ele disse quase num sussurro e meu corpo arrepiou, e ele começou a aproximar o seu rosto do meu.

- Tipo muitooooooooo chato. -

- É? - ele depositou um bem na minha bochecha.

- É. - falei tentando me manter firma quando ele depositou um beijo no canto da minha boca, até finalmente me beijar.

Depois ficamos de conchinha assistindo uma serie que começamos juntos e fizemos um juramento que assistiríamos juntos e depois de algumas horas fui pra casa. Comemos pizza enquanto jogávamos, ganhei uns 300 reais porque meu pai ficava apostando pra ver que iria ganhar e eu sempre ganhava, para infelicidade dele.

Subi as escadas exausta, sorri assim que abri a porta e senti o ar frio me atingir. Tirei os crocs e me lacei na cama.
















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Continua...

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Bjs<3

O vizinho da casa de frenteOnde histórias criam vida. Descubra agora