Dias depois...
Milena Martins:
Eu tenho tentado falar com o Alexander mas ele me ignora. Eu mandei um monte de mensagens pra ele e ele simplesmente leu e não respondeu a nenhuma. Eu fui pra casa dele e a Eloá disse que ele não estava, acho que ele pediu que dissessem isso se fosse eu na porta.
Mas isso tudo é minha culpa. Eu sou uma idiota. Eu descontei a minha raiva nele sem ele ter culpa de nada.
Na sala de aula ele nem olha na minha cara, quando a aula acaba ele é o primeiro a sair para eu não ter a oportunidade de falar com ele. Quando eu consigo falar com ele, ele me dá o tratamento do silencio e é doloroso isso.
Apesar de tudo isso eu vou resolver isso, eu tenho que resolver. Porque eu.... ele é meu melhor amigo e eu não quero perder ele.
Neste momento eu estou no meu quarto, fazendo os meus deveres de casa. O Dave viajou, ele mudou de cidade na verdade. Ele disse que o pai vai ter que passar o tempo em outra cidade pra resolver algo sobre a empresa deles e ele tinha que ir junto.
Fechei o livro de matemática assim que acabei de resolver o último exercício. Fui até o meu closet e peguei uma calça moletom, um moletom, amarrei o meu cabelo em um coque frouxo, coloquei os meus crocs brancos, peguei o meu celular e fui até a porta do quarto decidida.
Hoje eu vou me resolver com o Alexander, e ele vai me ouvir quer ele queira ou não.
Desci as escadas e segui o meu caminho para porta principal.
- Senhorita onde você vai? - minha mãe perguntou e eu tomei um susto.
Andei até a sala onde encontrei ela e meu pai agarradinhos assistindo TV.
- Vou pra casa do Estevão, mãe. - Minha mãe franziu o cenho.
- Ué, mas vocês não estavam brigados? -
- Estamos, mas eu quero me resolver com ele. - o meu pai continuava calado, igual uma estatua.
- Ta bom, mas não volta tarde. -
- Ta mãe. - Comecei a ir em direção da porta de novo. - Tchau mãe! Tchau pai! - gritei da porta.
Eles disseram um tchau e eu saí. Atravessei a estrada determinada e subi as pequenas escadas que tem antes de chegar a calçada da casa. Respirei fundo antes de tocar a campainha.
Essa é a única vez em que eu toco a campainha aqui, so estou tocando porque eu e o Alexander estamos brigados.
A porta è aberta pela a Eleine, e ela abre um sorriso assim que me ve.
- Milena. - ela me puxa para um abraço e eu retribuo. - Eu soube que você e o Stev estão brigados. - ela disse assim que saímos do abraço e me deu passagem pra eu entrar
Stev?
Ohhh Estevão.
Estevão = Stev, essa é a alcunha que a mãe dele criou pra ele. Eu nunca ouvi ela chamar ele assim.
- É, tudo por minha culpa. -
- Não se preocupe, vocês vão se resolver logo. Mas falando nisso, quando é que vocês vão oficializar? - ela foi até a cozinha e eu a segui
- Oficializar o que tia?
- Ahh Milena, eu tenho 42 anos, eu já vivi muita coisa. Eu sei que tem algo alem de uma amizade.
- Ih tia como assim? A nos só somos melhores amigos.
- Que se beijam
Essa eu mereci, espero que ela não saiba do resto das coisas que já aconteceram nessa casa. Se é que vocês me entendem.
- Ta bom tia, nos não somos só amigos, mas eu não sei o que somos exatamente. - ela deu uma risada simpática.
Vejo agora que Estevão é muito parecido com a mãe na aparência. Ele tem os cabelos pretos e cacheados dela, os lábios e os olhos dela.
- Tia ele ta em casa?
- Esta lá em cima, vai lá menina. - eu sorri e sai da cozinha
Subi as escadas pensando nas coisas que eu diria pra ele. Meu coração acelerou quando eu parei na porta do seu quarto. Respirei fundo e bati na porta. Ele gritou um entre e eu entrei. O quarto estava escuro como sempre, e as únicas iluminações vinham da TV e das leds da cor azul. Ele estava de costas colocando uma camisa até que se virou para mim que continuava encostada na porta.
O seu semblante mostrava surpresa, mas ele não queria deixar transparecer.
- Milena? O que você está fazendo aqui? - ele disse quebrando o silencio que tinha caído sobre nós.
A minha fala sumiu assim que entrei aqui. Eu não sabia o que falar, como agir.
- A gente precisa conversar. - foi a única coisa que consegui dizer.
- Não, a gente não precisa. Vai embora. - Ele disse e foi se sentar na cama, voltando a atenção para a TV ligada. - Ta a espera de o que? Sai Milena. - ele disse com tanta frieza, mas não deixei isso me afetar.
Peguei a chave do quarto que estava em uma mesa perto da porta e tranquei o quarto.
- Eu só saio daqui depois da gente conversar. - eu disse e coloquei a chave no meu sutiã.
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Continua...
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Bjs<3
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O vizinho da casa de frente
RomansaMilena uma menina de 18 anos, ela é barraqueira, simpática, extrovertida, bonita e estudiosa. Estevão um menino de 18 anos, calmo, fofo, e muito divertido. Eles acabam se apaixonando. PS: A capa contém o meu nome de usuário antigo História da minha...