𝐄𝐭𝐞𝐫𝐧𝐨𝐬┃𝓜𝓪𝓷𝓳𝓲𝓻𝓸 𝓼𝓪𝓷𝓸

Capítulo bônus

— Mas por que você disse que não sabia onde S/n estava?–Takemichi questionou o cara de cabelos castanhos.

— Isso foi porque S/n me disse para não contar a ninguém além de você. Especialmente para Sachi. O namorado dela é policial e tudo mais.

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Ele também esclareceu que não via você há 4 meses. E nesses quatro meses ela foi levada a um hospital porque foi baleada. Ele nem sabia se ela estava viva ou não. E tudo parecia ter piorado.

Por que Haruko desenhou um mapa para mim? Takemichi caminhou pela rua à sua direita. Ele queria ver por si mesmo, que S/n estava viva. Ou que Mikey estava bem. Qualquer coisa que indique que esta linha do tempo é onde Hina está salva e feliz. Mas ele também queria vê-los felizes. S/n e Mikey.

Ele reconheceu a casa num instante. Era a casa que Naoto estava vigiando pelas câmeras de CFTV. As luzes foram apagadas, o que significa que alguém está em casa. Até que a porta se abriu e a mulher de moletom saiu. Ela tentou cobrir o rosto até notar Takemichi.

— Oh meu Deus, eu não te via há um tempo.–Mas a voz dela não era a de S/n.

Ela tirou o capuz e era Emma. A suspeita de Haruko era que a garota de moletom que saía da casa com frequência era S/n e por isso a considerava viva. E Takemichi viu aquela garota do moletom, se aquela pessoa do moletom for Emma. Então S/n deve estar morta.

Emma percebeu algo atrás dele e saiu novamente. Takemichi olhou para baixo, a desesperança tomou conta de seu rosto. Eu não posso mais fazer isso. Takemichi se ajoelhou no chão. Acabou. Ele voltou muitas vezes ao passado e não vai mais voltar. Ele falhou.

As lágrimas caíram no chão.

— Takemichy?–Uma voz chamou.

— Por que você está chorando aqui?–A voz perguntou. Takemichi olhou para trás, fungando as lágrimas.

Era Mikey, parado atrás dele com um olhar meio vazio. Ele apenas olhou para ele e inclinou a cabeça. Takemichi não sabia dizer se estava feliz ou não.

— Mikey?–Takemichi se levantou, mas Mikey apenas olhou para ele, imperturbável.

— Sim, sou eu, idiota.–Mikey revirou os olhos e começou a se afastar, murmurando coisas baixinho.

Tipo "esse maldito Baji. Por que diabos eu deveria dar a ele um pouco do meu yakisoba? Eu não sou a mãe dele." repetidamente até que ele parou e voltou para Takemichi.

— Você quer vir comigo? Kazutora e Baji estão na minha casa.

"Minha"? Se ele disse "minha" invés de "nossa". Então S/n... Takemichi apenas caminhou em direção a ele. Ele não se importou. Se os três estivessem lá, talvez não fosse tão miserável quanto ele pensava. Mas ainda assim, ele poderia ter mudado isso.

Poderia ter mudado. E S/n não estaria morta se ele realmente se dedicasse a isso. Ela não morreu no passado, pelo menos não no passado para o qual ele poderia ir. Ele só precisava de um tempo.

Mikey abriu levemente a porta de sua casa e passou pela fresta. Ele pediu que Takemichi entrasse, então ele o fez educadamente.

— Por que as luzes estão apagadas?–Mikey ligou as luzes rapidamente.

Kazutora e Baji estavam sentados em um sofá com um bebê no colo de Baji.

— Estava bem melhor antes, Mikey.–Baji disse, colocando a mão sobre os olhos por causa da luz repentina.

— Mikey!–Uma voz gritou lá de cima em tom de repreensão. Ela desceu rapidamente as escadas.

— Por que você acendeu as luzes?! Eu ouvi uma sirene!

Era S/n. A verdadeira.. S/n. Ela ficou lá com as mãos nos quadris. Até que ela percebeu Takemichi.

— Takemichi?!–S/n gritou de surpresa. Takemichi ainda estava em choque, ele apenas ficou parado.

Ela correu até ele e o abraçou.

— Eu não te vejo há muito tempo!–S/n disse a ele com entusiasmo, então Takemichi retribuiu o abraço, tentando engolir as lágrimas.

Baji se levantou e foi até Mikey. Ele ainda segurava a menina nos braços que brincava com seu cabelo. Baji cutucou Mikey um pouco.

— Você não deveria ficar com ciúmes disso?–Ele perguntou, saltando para cima e para baixo para manter a criança entretida.

Mikey estalou a língua.

— Cale a boca, Baji.–Ele olhou para ele então baji revirou os olhos de raiva.

— E por que você está segurando ela?–Ele imediatamente agarrou a criança de 1 ano de suas mãos.

— Ei! Essa é minha afilhada!–Baji gritou o que chamou a atenção de Takemichi.

S/n parecia estar acostumada.

Emma e Draken também não morreram?

Mikey beijou a bochecha da menina de 1 ano e a balançou.

— Bom, ela é minha filha então eu estou ganhando de você.–Mikey olhou para ela com adoração e admiração. Como se ela contivesse toda a alegria em seu coração.

A compreensão deu um tapa na cara de Takemichi.

— ESPERA, FILHA?