Data de publicação: 20/01/2024
Palavras: 5.685Virtus permanecia nas sombras, observando o imperador Re com um misto de fascínio e inquietação. A despeito da idade avançada de seu mestre, as marcas do tempo não se manifestavam em rugas, mas sim na aura sutil de sabedoria que pairava ao seu redor. Era como se Virtus testemunhasse o vigor de uma alma antiga que transcende as limitações do corpo, enquanto seu pai e mentor se encontrava à beira do inexorável destino.
Observando seu mestre, virtus lamentava:
"Nas teias do tempo, um celestial ancestral renasceu, dotado de poderes estelares que ecoam por eras. Sem memórias, ele trilha o caminho incerto da existência, sem saber que a luz que emana dele também é a sombra que o consome."
A melancolia de Virtus pesava como uma sombra escura sobre sua alma, impondo uma paralisia emocional que o impedia de agir para socorrer seu mestre à beira do abismo. Esse abismo não era apenas físico, mas uma metáfora de uma crise que transcendia o palpável.
Nas entranhas do desespero, Virtus desencadeou um poema impregnado de tristeza e impotência. As palavras, como lágrimas da sua própria angústia, fluíam em versos intricados que ecoavam nas paredes da sua alma atormentada. Cada estrofe era um grito silencioso, uma tentativa desesperada de dar voz à dor que o envolvia.
"Nos grilhões da inação, Virtus se debate,
Um espectador cativo, à beira do lamento.
Mestre agoniza, o peso do destino a esmagar,
Mas minhas mãos, como prisioneiras, não podem aliviar."O poema tornou-se o eco melancólico da impotência de Virtus, uma tentativa desesperada de expressar o inexprimível. Cada palavra, como uma gota de chuva em um dilúvio emocional, procurava traduzir a complexidade do conflito interno que assolava o titã de virtude diante da incapacidade de agir para salvar aquele que o guiara.
No despertar de estrelas há muito adormecidas,
Um celestial ancestral renasce, nas eras perdidas.
Em seu ser, poderes cósmicos dançam, vibrantes,
Mas nas sombras da amnésia, ele caminha hesitante.O tempo tece fios de esquecimento profundo,
Memórias perdidas, como estrelas sem segundo.
Seu corpo humano, envolto em poderes supremos,
Ignora a verdade que se esconde nos extremos.No vórtice da existência, ele se debate, perdido,
A luz que irradia é também seu próprio gemido.
Em cada feixe de poder, um eco de agonia,
Pois, na amnésia, a morte sutil o guia.Caminha o celestial, alheio ao seu tormento,
Desconhecendo que o que dá vida também é seu lamento.
Poderes extremos, como chamas que consomem,
Um renascimento trágico, onde a morte o consome.Que as estrelas testemunhem sua jornada incerta,
O celestial ancestral, na dança da própria descoberta.
Na perda de memórias, uma tragédia escrita nas constelações,
Um ser estelar perdido nas tramas das eras e das paixões.
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Partum Fantasy
FantasyHá eras, um guerreiro destemido alcançou um poder supremo, enfrentando uma entidade maligna que ameaçava todos os universos. Seu triunfo custou-lhe a vida, transformando-o em um mito entre deuses e seres celestiais. Agora, renascido em Eldarya, um m...